Angelina Jolie: "Não suporto que vítimas de estupro se sintam culpadas"
A atriz Angelina Jolie e o chanceler britânico, William Hague, visitaram a Bósnia na semana passada em meio a uma campanha contra o abuso sexual em zonas de conflito.
Jolie, que é enviada especial da agência da ONU para refugiados, e Hague conversaram com vítimas de estupro da guerra civil no país.
Em julho de 1995, durante o massacre de 8 mil homens e meninos na cidade de Srebrenica, 20 mil mulheres e meninas foram sistematicamente estupradas, um caso ainda não foi levado à Justiça quase 20 anos depois.
Eles ainda prometeram usar uma conferência em Londres dedicada ao assunto prevista que será realizada em junho, em Londres, na Inglaterra, para divulgar novos parâmetros de documentação e investigação de estupros em áreas de conflito e para aumentar o apoio dado às sobreviventes.
Durante quatro dias, representantes de governo de 141 países estarão reunidos na capital inglesa para debater formas de acabar com a impunidade destes crimes.
Jolie e Hague trabalham juntos para combater estes casos de estupro há dois anos, desde que Hague assistiu ao filme de Jolie sobre a guerra na Bósnia, Na Terra de Amor e Ódio.
O problema não é exclusivo da Bósnia. Na última década, estima-se que 200 mil estupros tenham ocorrido no Congo, na África. No mesmo continente, em Ruanda, foram contabilizadas mais 500 mil vítimas em 1994. E hoje há relatos constantes de violência sexual na Síria.
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