Milhares aguardam chegada da ajuda humanitária em Madaya
O nível de sofrimento imposto à cidade de Madaya, na Síria, a 25 km de Damasco, não tem precedentes na guerra civil do país, segundo a agência de refugiados da ONU.
A população foi sitiada e desprovida de alimentos e remédios, o que levou parte dos locais à fome - forçando muitos a se alimentar de terra e de animais de estimação.
"Nada se compara ao que vimos em Madaya", disse Sajjad Malik, representante da Acnur para a Síria, que visitou a cidade na segunda-feira. "Há pessoas em Madaya, mas não há vida. O que vimos por lá não deveria poder acontecer neste século."
Segundo a ONU, pelo menos 400 pessoas devem morrer em breve de doenças ou de fome, caso não sejam retiradas dali para receber tratamento.
"Temos que arranjar uma forma de chegar a um entendimento para retirar essas pessoas o mais depressa possível, para que possam receber tratamento médico. Se isso não acontecer, correm o risco de morrer de inanição ou por complicações de saúde", disse Stephan O'Brian, responsável pelas missões humanitárias das Nações Unidas.
Os primeiros carregamentos de ajuda humanitária conseguiram chegar a Madaya na segunda-feira, quando o Programa Alimentar da ONU levou suprimentos para cerca de 20 mil pessoas consumirem ao longo de um mês.
Mas milhares de moradores ainda necessitam de alimentos e remédios.
Madaya está tomada por grupos rebeldes que querem derrubar o ditador Bashar al-Assad, mas foi cercada por tropas governamentais.
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