Bélgica reintroduz controle na fronteira com a França
A Bélgica anunciou nesta terça-feira (23/02) a reintrodução temporária dos controles na fronteira com França. Segundo o ministro belga do Interior, Jan Jambon, a medida visa impedir a entrada de imigrantes que abandonem o acampamento francês conhecido como a "Selva de Calais", no norte de França.
"Informamos a Comissão Europeia de que vamos suspender temporariamente as regras de Schengen", disse o ministro belga, em Bruxelas. "A Bélgica não está fechando suas fronteiras", ressalvou.
"Vamos realizar controles em diversas localizações estratégicas, pontos utilizados pelos traficantes e já detectados pela polícia", disse, acrescentando que a ação envolverá entre 250 e 290 policiais ao longo da fronteira.
As autoridades francesas decidiram evacuar a metade sul do campo de refugiados de Calais e estabeleceram um prazo, que terminou nesta terça-feira, mas foi prorrogado por um tribunal administrativo de Lille.
Cerca de 4 mil imigrantes, oriundos sobretudo da África subsaariana, vivem em condições muito precárias no acampamento de Calais, à espera de uma oportunidade para atravessar clandestinamente o Canal da Mancha e chegar ao Reino Unido.
O receio da Bélgica é que os imigrantes tentem chegar ao porto belga de Zeebrugge, para de lá tentar atravessar o canal por meio de uma rota diferente. "O desmantelamento da chamada selva é possível e real. Já observamos migrantes em trânsito", disse o ministro belga.
"Há potencial de milhares de migrantes virem para cá. Não se trata de candidatos a asilo, mas de migrantes em trânsito que não querem ficar na França nem na Bélgica, mas ir para o Reino Unido", acrescentou.
A zona de livre circulação de Schengen abrange 26 países e prevê nas suas regras que um país pode reinstituir temporariamente o controle fronteiriço em circunstâncias excepcionais de "ameaça grave para a ordem pública ou a segurança interna".
Com a Bélgica, são agora sete os países da zona de Schengen que reintroduziram controles de fronteira em resposta ao imenso fluxo de migrantes e refugiados à Europa.
PV/lusa/efe/dpa/afp/ap
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