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MP investiga obras da Rio 2016 por suspeitas de corrupção

25/05/2016 19h56

Ministério Público amplia investigações existentes em obras do legado para o Parque Olímpico e as instalações olímpicas. Segundo Reuters, inquérito foca em projetos que contaram com recursos federais.

O Ministério Público Federal expandiu as investigações por suspeitas de corrupção para todas as obras dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro que contaram com recursos federais, revelou nesta quarta-feira (25/05) a agência de notícias Reuters.

As obras dos chamados projetos de legado já eram alvos dos procuradores. Agora o inquérito irá abranger também o Parque Olímpico e as instalações olímpicas na região da Deodoro

De acordo com o procurador federal do Rio de Janeiro Leandro Mitidieri, o MP está investigando ainda o destino dos fundos federais voltados para a despoluição da Baía de Guanabara e das lagoas da Barra da Tijuca.

Apesar das promessas feitas para melhorar a qualidade das águas, essas regiões continuam poluídas. A Companhia Estadual de Águas e Esgoto do Rio de Janeiro (Cedae) também é investigada por crime ambiental, ao não tratar corretamente o esgoto da região metropolitana.

"Não são apenas os trabalhos físicos que nós estamos olhando. São os contratos para serviços, segurança, tudo que usou fundos federais", disse Mitidieri, sem revelar mais detalhes das investigações.

As obras para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro foram orçadas em 39 bilhões de reais. Cinco empreiteiras são responsáveis pela maioria delas. Todas as cinco estão envolvidos no escândalo de corrupção na Petrobras investigado pela Operação Lava Jato.

Documentos revelados em março mostraram que a polícia encontrou referências a supostos pagamentos de propina de 1 milhão de reais pela Odebrecht relacionados ao Porto Maravilha e a expansão do metrô até a Barra da Tijuca, ambos obras do legado dos Jogos Olímpicos.

Segundo a Reuters, a Odebrecht está envolvida em metade dos projetos olímpicos em termos de valores. Procurada pela agência de notícias, a empreiteira se recusou a comentar as denúncias.

CN/rtr