Amatrice não tem mais salvação, diz prefeito
O prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, afirmou nesta sexta-feira (26/08) que a cidade não tem mais salvação - o que sobrou dela terá que ser demolido por completo, para ser reconstruído. O município foi devastado pelo terremoto que atingiu o centro da Itália há dois dias e deixou mais de 270 mortos.
As operações de busca na cidade histórica, eleita no ano passado uma das mais bonitas do país, chegaram à fase final, e agora autoridades precisam pensar em sua reconstrução.
"Amatrice tem que ser posta abaixo por completo", afirmou o prefeito. O tremor destruiu todos os prédios do centro histórico medieval. "Queremos reconstruir [a cidade] no mesmo lugar e com a mesma forma e estética", disse.
Os bombeiros iniciaram os trabalhos de limpeza, retirando os escombros e abrindo novas vias de acesso para facilitar o trânsito nas ruas, que estão cobertas de ruínas. A reconstrução da cidade de cerca de 2 mil habitantes é prioridade .
Pirozzi anunciou ainda que estão sendo procuradas regiões em outras localidades para a construção de casas de madeiras para que os habitantes de Amatrice possam começar a refazer suas vidas. De acordo o prefeito, a medida visa a evitar que guetos se formem ao redor do município em ruínas.
"Quero um modelo de reconstrução como o de Friul", disse, em referência à cidade do norte do país que foi totalmente reconstruída depois um terremoto em 1975, sem precisar que moradores fossem alojados em novas regiões.
O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, anunciou a liberação de 50 milhões de euros para a região atingida. "Queremos que essas comunidades tenham a possibilidade de um futuro e não apenas lembranças", disse o premiê.
A Defesa Civil afirmou nesta sexta-feira que a probabilidade de encontrar sobreviventes entre os escombros na região atingida pelo abalo é mínima. O número de mortos na tragédia chegou a 278, 218 somente em Amatrice.
CN/efe/dpa
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