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Forças sírias retomam área estratégica de Aleppo

28/11/2016 08h13

Exército sírio e aliados avançam sobre região-chave no leste da cidade e impõem aos rebeldes seu maior revés na região em quatro anos. Mais de 10 mil pessoas são forçadas a fugir em meio aos combates.As Forças Armadas sírias e as milícias aliadas retomaram nesta segunda-feira (28/11) o controle de um importante distrito do leste de Aleppo, no que é considerado o maior revés imposto aos rebeldes desde 2012 na cidade.Segundo a organização Observatório Sírio dos Direitos Humanos, que monitora o conflito no país árabe, o avanço sobre o distrito de Al-Sakhour divide a área controlada pelos rebeldes em duas, cortando os canais de comunicação entre ambas.Cerca de 10 mil pessoas foram forçadas a abandonar a região. Seis mil civis fugiram para o distrito de Sheikh Maqsoud, controlado por forças curdas, enquanto um grande número de pessoas se dirigiu às áreas controladas pelo governo A emissora estatal de televisão confirmou, citando fontes militares, que o Exército e seus aliados tomaram por completo a região, antes o maior bastião urbano das forcas rebeldes, e trabalham para retirar minas terrestres do local.Segundo o diretor do Observatório, Rami Abdulrahman, nos últimos dias as tropas do governo apoiadas por milícias xiitas expulsaram os rebeldes de uma área correspondente a um terço da cidade.O leste de Aleppo foi arrasado durante quatro anos por intensos combates e pelos bombardeios das forças do governo e seus aliados, que atingiram diversas áreas civis.Segundo a organização Médicos sem Fronteiras (MSF), 250 mil civis se encontravam sitiados na região, enfrentando escassez de alimentos, medicamentos e combustíveis.Mais de 225 civis, incluindo 27 crianças, morreram desde o início da ofensiva do governo no leste de Aleppo, no dia 15 de novembro.O conflito na Síria, que começou como uma revolta popular em 2011, se transformou numa complexa guerra civil envolvendo Rússia, Irã, Turquia, além de uma série de milícias de diversas etnias e grupos religiosos, resultando no maior fluxo de refugiados para a Europa desde a Segunda Guerra Mundial.RC/dpa/rtr/afp