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Serviço alemão de inteligência detém suposto infiltrado islamista

29/11/2016 23h39

Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha (BfV) afirma que funcionário foi detido sob suspeita de ser infiltrado islamista. Alemão de 51 anos planejava um ataque à sede do órgão em Colônia, diz imprensa local.O Departamento de Proteção à Constituição da Alemanha (BfV, serviço de inteligência interna) informou nesta terça-feira (29/11) que um de seus funcionários foi detido, suspeito de ser um infiltrado islamista. Ele teria usado seu acesso ao órgão para coletar informações internas.Em nota, o serviço alemão disse ter encontrado "um suspeito islamista entre seus empregados", confirmando as informações publicadas mais cedo pela revista Der Spiegel e o jornal Die Welt. Não houve qualquer menção sobre uma ligação com o grupo terrorista "Estado Islâmico" (EI).Os veículos da imprensa alemã afirmaram que o funcionário, um alemão de 51 anos preso após compartilhar na internet "informações sensíveis sobre o BfV", se infiltrou no departamento a fim de reunir dados para colocar em prática um plano de ataque a bomba na sede do BfV em Colônia.Em entrevista à agência de notícias AFP, uma porta-voz do órgão contou que o suspeito fez "observações islâmicas na internet usando um nome falso, além de fornecer informações internas em salas de bate-papo". Ela confirmou que um mandado de prisão foi emitido e o suspeito, detido.A porta-voz, no entanto, não reiterou os relatos publicados pela imprensa alemã sobre planos de um atentado, dizendo que não há "evidência de um perigo real para o órgão ou seus funcionários". Os dois veículos afirmaram que o suspeito se converteu ao islamismo em 2014. Casado e com filhos, ele era funcionário de um banco e, desde abril deste ano, vinha prestando serviços para o BfV, coletando informações de inteligência justamente sobre a cena islamista na Alemanha.O Welt relatou que o alemão tinha intenção de realizar um ataque "em nome de Alá", citando uma declaração dada por ele durante o interrogatório à polícia. O plano, no entanto, ainda estaria em estágios iniciais. Segundo a Spiegel, as autoridades tomaram conhecimento do caso há um mês.EK/ap/dpa/lusa/efe/ots