China apresenta primeiro porta-aviões de fabricação nacional
Modelo tem capacidade de carga de 70 mil toneladas e deverá entrar em serviço em 2020. Apresentação marca esforço de Pequim para aumentar presença naval e ocorre em meio a tensão na Península Coreana.
Em um sinal de que pretende aumentar sua presença naval no mundo e em meio a tensões na Península Coreana, a China inaugurou nesta quarta-feira (26/04) o primeiro porta-aviões construído inteiramente em seu território.
O porta-aviões, que será batizado de Shadong, foi apresentado em cerimônia no estaleiro da empresa China Shipbuilding Industry, em Dalian (noroeste), na presença do número dois da hierarquia militar chinesa – o general Fan Changlong, que está abaixo apenas do presidente Xi Jinping.
Com 315 metros de comprimento, 75 metros de largura, velocidade de cruzeiro de 31 nós e uma capacidade de carga de 70 mil toneladas, o novo porta-aviões chinês é inspirado no modelo soviético Kuznetsov.
O porta-aviões deverá entrar em serviço em 2020, depois de instalados os equipamentos eletrônicos de combate e concluída a formação dos pilotos e tripulação.
O Shadong é o segundo porta-aviões da frota marítima de Pequim. O primeiro, batizado de Liaoning, foi construído na antiga União Soviética e posto ao serviço da marinha chinesa em 2012.
Um terceiro porta-aviões está sendo construído em Xangai. Segundo o jornal estatal Global Times, o novo modelo será "muito mais avançado" do que os dois primeiros.
Após cinco anos de construção, o novo porta-aviões conta com novos equipamentos e um conceito de operação mais avançado do que o Liaoning, incluindo um hangar maior para transportar mais aviões J-15 e mais espaço de cobertura, para helicópteros e outras aeronaves.
Acredita-se que o Shadong seja capaz de transportar cerca de oito aviões a mais do que o antecessor. De acordo com o Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, sediado em Washington, o Liaoning pode transportar até 24 caças e 17 helicópteros.
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