EUA e Coreia do Sul fazem teste conjunto de mísseis
Por ordem direta de Trump, aliados realizam exercício militar no Mar do Japão em resposta ao lançamento de um míssil intercontinental pela Coreia do Norte. Analistas confirmam evolução armamentista em Pyongyang.
Estados Unidos e Coreia do Sul realizaram nesta quarta-feira (5) testes militares conjuntos com mísseis balísticos em resposta ao lançamento de um míssil intercontinental realizado na véspera pela Coreia do Norte.
Os disparos, em direção ao Mar do Japão, incluíram o uso do modelo balístico sul-coreano Hyunmoo-21 e o americano ATACMS. Os testes ocorreram por ordem direta dos presidentes Moon Jae-in e Donald Trump.
O regime norte-coreano, liderado por Kim Jong-un, garantiu que o novo modelo de míssil balístico intercontinental (ICBM), lançado na terça-feira, pode transportar uma ogiva nuclear de grande dimensão e atingir qualquer lugar do planeta.
A informação ainda não foi confirmada por Seul e seus aliados ocidentais. A conclusão do Ministério de Defesa sul-coreano é que se trata de um ICBM com capacidade para percorrer entre 7 e 8 mil quilômetros e que viria a ser uma evolução do Hwasong-12, de alcance médio.
Os dados analisados pela Coreia do Sul não permitem confirmar que o míssil tem capacidade para voltar a entrar na atmosfera terrestre corretamente, um elemento-chave para que este tipo de armamento seja ou não eficiente.
Segundo Pyongyang, o Hwasong-14 alcançou 2.802 quilômetros de altura e percorreu 933 quilômetros em 39 minutos até cair em águas do Mar do Japão (chamado de "Mar do Leste" nas duas Coreias).
Além disso, Seul admitiu que a capacidade de Pyongyang para miniaturizar ogivas nucleares para equipar mísseis atingiu um nível "considerável" e que há "uma alta probabilidade" que o regime realize um novo teste nuclear em breve.
Este novo teste representa um grande avanço no programa armamentístico do regime de Kim Jong-un e causou a condenação, uma vez mais, da comunidade internacional.
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Rex Tillerson, insistiu na necessidade de uma "ação global" para deter a "ameaça mundial" que representa o desenvolvimento do programa nuclear da Coreia do Norte.
A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Nikki Haley, pediu na terça-feira uma reunião urgente do Conselho de Segurança para abordar o novo lançamento de um míssil pela Coreia do Norte.
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