Kenyatta é reeleito presidente do Quênia
Presidente é reeleito com 98% dos votos, mas comparecimento às urnas fica abaixo de 39%. Votação realizada por ordem judicial, após anulação do pleito anterior, foi boicotada pela oposição.A Comissão Eleitoral do Quênia confirmou nesta segunda-feira (30/10) a reeleição do presidente Uhuru Kenyatta, com 98,26% dos votos, após um conturbado processo que teve intervenção da Justiça, nova eleição e protestos violentos pelo país.
O resultado da nova eleição, realizada por ordem judicial após a anulação da primeira votação em agosto, foi divulgado sem a participação de quatro condados, que totalizam 1,8 milhão de eleitores, onde o voto foi suspenso por causa de violentos confrontos com a polícia.
Do total de 19,5 milhões de eleitores convocados às urnas, apenas 38,84% votaram, o que chama mais a atenção do que o resultado e mina a credibilidade de Kenyatta para o novo mandato de cinco anos.
A principal coligação opositora boicotou o pleito e pediu aos seus apoiadores para que para não participassem de um processo que consideram uma farsa. A atitude deixou Kenyatta sem nenhum rival, e o comparecimento às urnas foi ainda menor do que na eleição anterior.
O líder da oposição, Raila Odinga, de 72 anos, três vezes candidato derrotado à presidência (em 1997, 2007 e 2013), justificou o boicote à votação por não terem sido concretizadas as reformas na comissão eleitoral, responsabilizada pelo Supremo Tribunal de Justiça do país pelas práticas ilegais que resultaram na anulação do pleito de 8 de agosto.
O tribunal afirmou que a comissão eleitoral cometeu irregularidades durante a eleição que afetaram a integridade do processo. Naquela votação, Kenyatta também saiu vencedor, com 54,27% dos votos.
Segundo dados oficiais, nove mortes ocorreram nos últimos dias durante atos de violência, principalmente na região oeste do país e nos arredores da capital, Nairobi. Após as eleições de agosto, a onda de violência no país causou ao menos 49 mortes e deixou dezenas de feridos, na maioria dos casos em razão da violência policial.
A ação da polícia após a eleição da última semana também foi criticada pela Anistia Internacional, que condenou a brutalidade com que os policiais agiram contra os apoiadores da oposição, sobretudo em Nairobi e em Kisumu, a terceira maior cidade do país.
RC/afp/efe
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O resultado da nova eleição, realizada por ordem judicial após a anulação da primeira votação em agosto, foi divulgado sem a participação de quatro condados, que totalizam 1,8 milhão de eleitores, onde o voto foi suspenso por causa de violentos confrontos com a polícia.
Do total de 19,5 milhões de eleitores convocados às urnas, apenas 38,84% votaram, o que chama mais a atenção do que o resultado e mina a credibilidade de Kenyatta para o novo mandato de cinco anos.
A principal coligação opositora boicotou o pleito e pediu aos seus apoiadores para que para não participassem de um processo que consideram uma farsa. A atitude deixou Kenyatta sem nenhum rival, e o comparecimento às urnas foi ainda menor do que na eleição anterior.
O líder da oposição, Raila Odinga, de 72 anos, três vezes candidato derrotado à presidência (em 1997, 2007 e 2013), justificou o boicote à votação por não terem sido concretizadas as reformas na comissão eleitoral, responsabilizada pelo Supremo Tribunal de Justiça do país pelas práticas ilegais que resultaram na anulação do pleito de 8 de agosto.
O tribunal afirmou que a comissão eleitoral cometeu irregularidades durante a eleição que afetaram a integridade do processo. Naquela votação, Kenyatta também saiu vencedor, com 54,27% dos votos.
Segundo dados oficiais, nove mortes ocorreram nos últimos dias durante atos de violência, principalmente na região oeste do país e nos arredores da capital, Nairobi. Após as eleições de agosto, a onda de violência no país causou ao menos 49 mortes e deixou dezenas de feridos, na maioria dos casos em razão da violência policial.
A ação da polícia após a eleição da última semana também foi criticada pela Anistia Internacional, que condenou a brutalidade com que os policiais agiram contra os apoiadores da oposição, sobretudo em Nairobi e em Kisumu, a terceira maior cidade do país.
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