Ataques na Síria continuam, apesar de resolução da ONU
Forças governamentais sírias prosseguem bombardeios em Ghouta Oriental, reduto opositor na periferia de Damasco, horas depois de Conselho de Segurança aprovar resolução exigindo suspensão dos combates no país.As forças governamentais sírias retomaram neste domingo (25/02) seus bombardeios e ataques de artilharia em diversas localidades da região de Ghouta Oriental, reduto opositor na periferia de Damasco, horas depois de a ONU ter exigido a suspensão imediata das hostilidades.
Na manhã deste domingo ocorreram dois bombardeios na cidade de Al Shifunia, enquanto as forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, lançaram mísseis em Harasta, Kafr Badna e Yisrin, segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos. Pelo menos três civis foram mortos e 27 feridos, afirmou a ONG.
Dois correspondentes da agência AFP presentes em Ghouta Oriental ouviram ataques aéreos e de artilharia. Mas "o bombardeio diminuiu de intensidade" em comparação aos dias anteriores, assegurou o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahmane.
Desde a primeira hora da manhã de domingo, caíram seis mísseis terra-terra em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e Yisrin e outros quatro em Hamuriya, enquanto Al Shifunia foi alvo de dois bombardeios, segundo o Observatório.
Após dias de esforços diplomáticos, o Conselho de Segurança da ONU aprovou neste sábado, por unanimidade, uma resolução que determina um cessar-fogo humanitário "sem demora” durante 30 dias na Síria. O objetivo é possibilitar o envio de ajuda médica e a retirada de pessoas que necessitem de atendimento em áreas disputadas incluindo, de forma expressa, Ghouta Oriental.
No entanto, a resolução exclui do cessar-fogo os grupos terroristas "Estado Islâmico” (EI) e Organismo de Libertação do Levante, aliança criada em torno da Frente Al Nusra, nome da antiga filial síria da Al Qaeda que, segundo o governo sírio, está presente em Ghouta Oriental.
O texto foi aprovado depois de uma semana de intenso bombardeio, pelo regime sírio, sobre a região de Goutha Oriental, um enclave dominado por grupos rebeldes. A campanha é considerada uma das mais pesadas investidas do regime sírio contra grupos rebeldes nos sete anos de guerra civil.
Mais de 500 civis, incluindo 127 crianças, foram mortos na região desde que o governo sírio iniciou a ofensiva, no fim de semana passado, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma ONG baseada em Londres. Ao menos 35 pessoas morreram apenas neste sábado, incluindo oito crianças.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, agendaram para este domingo uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin –importante aliado do regime sírio – para pressionar pela implementação do cessar-fogo "nos próximos dias”.
A Rússia pediu neste domingo aos países que apoiam a oposição síria que exerçam sua influência nestes grupos para garantir o cumprimento da resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU."Confiamos que os patrocinadores estrangeiros dos grupos armados (da oposição) cumpram finalmente seus deveres e garantam a cessação da atividade militar dos seus patrocinados, para um trânsito de comboios humanitários o mais rápido e seguro possível", afirma um comunicado divulgado pelo Ministério do Exterior da Rússia.
MD/afp/efe
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Na manhã deste domingo ocorreram dois bombardeios na cidade de Al Shifunia, enquanto as forças leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, lançaram mísseis em Harasta, Kafr Badna e Yisrin, segundo informações do Observatório Sírio de Direitos Humanos. Pelo menos três civis foram mortos e 27 feridos, afirmou a ONG.
Dois correspondentes da agência AFP presentes em Ghouta Oriental ouviram ataques aéreos e de artilharia. Mas "o bombardeio diminuiu de intensidade" em comparação aos dias anteriores, assegurou o diretor do Observatório, Rami Abdel Rahmane.
Desde a primeira hora da manhã de domingo, caíram seis mísseis terra-terra em Harasta, outros quatro projéteis em Kafr Badna e Yisrin e outros quatro em Hamuriya, enquanto Al Shifunia foi alvo de dois bombardeios, segundo o Observatório.
Após dias de esforços diplomáticos, o Conselho de Segurança da ONU aprovou neste sábado, por unanimidade, uma resolução que determina um cessar-fogo humanitário "sem demora” durante 30 dias na Síria. O objetivo é possibilitar o envio de ajuda médica e a retirada de pessoas que necessitem de atendimento em áreas disputadas incluindo, de forma expressa, Ghouta Oriental.
No entanto, a resolução exclui do cessar-fogo os grupos terroristas "Estado Islâmico” (EI) e Organismo de Libertação do Levante, aliança criada em torno da Frente Al Nusra, nome da antiga filial síria da Al Qaeda que, segundo o governo sírio, está presente em Ghouta Oriental.
O texto foi aprovado depois de uma semana de intenso bombardeio, pelo regime sírio, sobre a região de Goutha Oriental, um enclave dominado por grupos rebeldes. A campanha é considerada uma das mais pesadas investidas do regime sírio contra grupos rebeldes nos sete anos de guerra civil.
Mais de 500 civis, incluindo 127 crianças, foram mortos na região desde que o governo sírio iniciou a ofensiva, no fim de semana passado, afirmou o Observatório Sírio de Direitos Humanos, uma ONG baseada em Londres. Ao menos 35 pessoas morreram apenas neste sábado, incluindo oito crianças.
O presidente francês, Emmanuel Macron, e a chanceler federal alemã, Angela Merkel, agendaram para este domingo uma conversa telefônica com o presidente russo, Vladimir Putin –importante aliado do regime sírio – para pressionar pela implementação do cessar-fogo "nos próximos dias”.
A Rússia pediu neste domingo aos países que apoiam a oposição síria que exerçam sua influência nestes grupos para garantir o cumprimento da resolução adotada pelo Conselho de Segurança da ONU."Confiamos que os patrocinadores estrangeiros dos grupos armados (da oposição) cumpram finalmente seus deveres e garantam a cessação da atividade militar dos seus patrocinados, para um trânsito de comboios humanitários o mais rápido e seguro possível", afirma um comunicado divulgado pelo Ministério do Exterior da Rússia.
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