Jungmann troca comando da Polícia Federal
Horas após tomar posse, titular do novo Ministério da Segurança Pública demite Fernando Segovia da direção-geral da PF. Rogério Galloro, atual secretário nacional de Segurança Pública, é escolhido para assumir o cargo.O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, decidiu nesta terça-feira (27/02) trocar o comando da Polícia Federal (PF). O atual diretor-geral da corporação, Fernando Segovia, será substituído por Rogério Galloro, até então secretário nacional de Segurança Pública.
Este é o primeiro dia de Jungmann à frente do recém-criado Ministério da Segurança Pública, que passou a ser responsável pelas polícias Federal e Rodoviária, além do Departamento Penitenciário Nacional e da Secretaria Nacional de Segurança Pública, antes vinculadas à pasta da Justiça.
Segundo a imprensa brasileira, a demissão do atual diretor-geral da PF foi oficializada durante uma reunião no Ministério da Justiça na tarde desta terça-feira, após a posse de Jungmann. Esteve presente no encontro, além de Jungmann e Segovia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim.
O nome do delegado Galloro foi então levado por Jungmann ao presidente Michel Temer, que concordou com a substituição na PF, informou o jornal Folha de S. Paulo.
Galloro era o número dois na hierarquia da Polícia Federal até Leandro Daiello deixar o cargo de diretor-geral da corporação, em novembro de 2017.
Na ocasião, Torquato Jardim sugeriu a Temer que Galloro assumisse o comando da PF, mas o presidente acabou nomeando Segovia, um nome mais próximo dos caciques do MDB. O delegado passou, então, a comandar a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A demissão de Segovia após menos de quatro meses no cargo ocorre na esteira de uma série de episódios polêmicos. Em um deles, o titular da PF precisou se explicar ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma declaração dada numa entrevista.
À agência de notícias Reuters, Segovia deu a entender que a PF poderia recomendar o arquivamento do inquérito contra Temer no caso do Decreto dos Portos. Ele afirmou que "os indícios são muito frágeis", sugerindo que a investigação "poderia concluir até que não houve crime".
Na semana passada, Segovia disse a Barroso que não pretendeu "interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento" da investigação envolvendo o presidente. Ele ainda ressaltou que suas declarações foram "distorcidas e mal interpretadas" e que não houve intenção de ameaçar o delegado responsável pelo caso. Também se comprometeu a não dar mais declarações sobre o inquérito.
Nesta segunda-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a Barroso – que conduz o inquérito de Temer no STF uma medida judicial para que Segovia se abstivesse de "qualquer ato de ingerência sobre a persecução penal em curso".
EK/abr/ots
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Este é o primeiro dia de Jungmann à frente do recém-criado Ministério da Segurança Pública, que passou a ser responsável pelas polícias Federal e Rodoviária, além do Departamento Penitenciário Nacional e da Secretaria Nacional de Segurança Pública, antes vinculadas à pasta da Justiça.
Segundo a imprensa brasileira, a demissão do atual diretor-geral da PF foi oficializada durante uma reunião no Ministério da Justiça na tarde desta terça-feira, após a posse de Jungmann. Esteve presente no encontro, além de Jungmann e Segovia, o ministro da Justiça, Torquato Jardim.
O nome do delegado Galloro foi então levado por Jungmann ao presidente Michel Temer, que concordou com a substituição na PF, informou o jornal Folha de S. Paulo.
Galloro era o número dois na hierarquia da Polícia Federal até Leandro Daiello deixar o cargo de diretor-geral da corporação, em novembro de 2017.
Na ocasião, Torquato Jardim sugeriu a Temer que Galloro assumisse o comando da PF, mas o presidente acabou nomeando Segovia, um nome mais próximo dos caciques do MDB. O delegado passou, então, a comandar a Secretaria Nacional de Segurança Pública.
A demissão de Segovia após menos de quatro meses no cargo ocorre na esteira de uma série de episódios polêmicos. Em um deles, o titular da PF precisou se explicar ao ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre uma declaração dada numa entrevista.
À agência de notícias Reuters, Segovia deu a entender que a PF poderia recomendar o arquivamento do inquérito contra Temer no caso do Decreto dos Portos. Ele afirmou que "os indícios são muito frágeis", sugerindo que a investigação "poderia concluir até que não houve crime".
Na semana passada, Segovia disse a Barroso que não pretendeu "interferir, antecipar conclusões ou induzir o arquivamento" da investigação envolvendo o presidente. Ele ainda ressaltou que suas declarações foram "distorcidas e mal interpretadas" e que não houve intenção de ameaçar o delegado responsável pelo caso. Também se comprometeu a não dar mais declarações sobre o inquérito.
Nesta segunda-feira, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu a Barroso – que conduz o inquérito de Temer no STF uma medida judicial para que Segovia se abstivesse de "qualquer ato de ingerência sobre a persecução penal em curso".
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