Ortega volta atrás em reforma da previdência na Nicarágua
Após quatro dias de manifestações violentas, com dezenas de mortos e feridos, presidente nicaraguense cancela planos de reforma do sistema previdenciário que aumentaria contribuições e reduziria benefícios.O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, concordou neste domingo (22/04) em anular uma reforma altamente controvertida das leis de previdência do país, que desencadeou quatro dias de violência, deixando no mínimo 24 mortos e dezenas de feridos.
Conversando com líderes econômicos, Ortega declarou que o Instituto de Seguridade Social da Nicarágua decidira retirar a reforma que teria o valor das contribuições e diminuindo as aposentadorias, num esforço para frear o déficit nacional crescente.
Quatro dias de protestos violentos
As manifestações dos últimos dias tiveram como alvo os planos do governo Ortega de reformar o sistema previdenciário. Neste sábado, o presidente quebrara o silêncio que tinha mantido desde o início das manifestações, afirmando estar aberto a dialogar sobre as planejadas reformas.
"O governo está totalmente de acordo em retomar o diálogo pela paz, pela estabilidade, pelo trabalho, para que o nosso país não enfrente o terror que estamos a viver neste momento", afirmou na televisão nacional. O diálogo, no entanto, seria apenas com lideranças do setor privado, e não com outras parcelas da sociedade, disse.
O presidente afirmou que as manifestações foram apoiadas por grupos políticos que se opõem a seu Executivo e são financiados por organizações extremistas dos Estados Unidos, sem adiantar ou identificar os movimentos.
Seu objetivo, prosseguiu Ortega, é "semear o terror, semear a insegurança e destruir a imagem da Nicarágua", depois de 11 anos de paz em seu governo. Após o discurso, centenas de jovens envolveram-se novamente em confrontos violentos com a polícia na capital.
As manifestações tiveram início na última quarta-feira na capital do país, Manágua, e em León, espalhando-se para outras regiões do país. Os protestos endureceram na sexta-feira, com confrontos com a polícia e danos em edifícios governamentais em Manágua e outras cidades. Na véspera, quatro canais de televisão independentes haviam sido impedidos pelo Executivo de fazer a cobertura das manifestações.
AV/afp,rtr,ap,lusa
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App | Instagram
Conversando com líderes econômicos, Ortega declarou que o Instituto de Seguridade Social da Nicarágua decidira retirar a reforma que teria o valor das contribuições e diminuindo as aposentadorias, num esforço para frear o déficit nacional crescente.
Quatro dias de protestos violentos
As manifestações dos últimos dias tiveram como alvo os planos do governo Ortega de reformar o sistema previdenciário. Neste sábado, o presidente quebrara o silêncio que tinha mantido desde o início das manifestações, afirmando estar aberto a dialogar sobre as planejadas reformas.
"O governo está totalmente de acordo em retomar o diálogo pela paz, pela estabilidade, pelo trabalho, para que o nosso país não enfrente o terror que estamos a viver neste momento", afirmou na televisão nacional. O diálogo, no entanto, seria apenas com lideranças do setor privado, e não com outras parcelas da sociedade, disse.
O presidente afirmou que as manifestações foram apoiadas por grupos políticos que se opõem a seu Executivo e são financiados por organizações extremistas dos Estados Unidos, sem adiantar ou identificar os movimentos.
Seu objetivo, prosseguiu Ortega, é "semear o terror, semear a insegurança e destruir a imagem da Nicarágua", depois de 11 anos de paz em seu governo. Após o discurso, centenas de jovens envolveram-se novamente em confrontos violentos com a polícia na capital.
As manifestações tiveram início na última quarta-feira na capital do país, Manágua, e em León, espalhando-se para outras regiões do país. Os protestos endureceram na sexta-feira, com confrontos com a polícia e danos em edifícios governamentais em Manágua e outras cidades. Na véspera, quatro canais de televisão independentes haviam sido impedidos pelo Executivo de fazer a cobertura das manifestações.
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