1954: Criada a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear
1954: Criada a Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear - Em 29 de setembro de 1954, foi criado o maior centro de pesquisas de física elementar do mundo, que conservou a sigla CERN, do nome em francês. Ali não se pesquisa só a origem do cosmo, mas também foi criada a internet.Situado no oeste da cidade de Genebra, na fronteira entre a Suíça e a França, o Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear (Cern, na sigla em francês) estuda as origens do universo, as menores partículas que lhe dão consistência e o mantêm unido.
Mas, muitas vezes, lá são desenvolvidas técnicas que escapam ao campo da pesquisa nuclear. A maior delas é a world wide web, desenvolvida no centro em 1990.
O Cern – oficialmente chamado Organização Europeia de Pesquisa Nuclear – tem mais de 3 mil funcionários, representando o maior centro de pesquisa do mundo em seu gênero. Cerca de 6,5 mil cientistas pesquisam em suas dependências – praticamente a metade dos físicos elementares do mundo todo.
Questão de convenções
Se houvesse um Prêmio Nobel de Informática, Tim Berners-Lee, o criador da rede mundial, seria o primeiro a recebê-lo. Até 1990, a internet ainda era um meio de comunicação difícil de usar, acessível apenas a um grupo seleto de cientistas e oficiais militares. Foram Berners-Lee e seu colega Robert Caillau a transformá-lo num meio acessível às massas.
"Até há poucos anos, eu ainda me orgulhava, mas hoje isso é passado. A web simplesmente existe, como o ar, as nuvens, os animais", conta Caillau. "Só me irrito, às vezes, quando vejo como certos sites são malfeitos."
A internet surgiu da necessidade de interconectar vários computadores. "Quando você precisa trabalhar com dados que estão parte em seu computador, parte no de seu colega, é precisa encontrar um modo de conectá-los", explica Caillau. A solução seria desenvolver uma linguagem comum.
"Precisávamos fazer certas convenções. Foi isso que levou à criação da web: estipulamos o html como linguagem comum e o http como protocolo para a troca de informações. O acesso se daria através do www. No momento em que isso foi convencionado, estava criada a internet."
Reconhecimento tardio
Logo seguiu a decisão de torná-la acessível não apenas a funcionários do Cern, mas ao mundo todo. "Estávamos diante do dilema de quem ficaria responsável pela rede no futuro. Tínhamos a esperança de que, se a tornássemos acessível a todos, algumas firmas criariam browsers e outros serviços, e o Cern seria apenas um entre muitos usuários."
Tim Berners-Lee e Robert Caillau poderiam ser hoje multimilionários, caso tivessem criado uma patente para sua invenção. Mas não é tão fácil assim. "Se trabalhássemos para um instituto privado, jamais teríamos criado a internet. Ela só pôde ser criada em um ambiente aberto, sem vínculos comerciais. Muitos tentaram, mas ninguém conseguiu", explica Caillau.
Em 2004, Berners-Lee foi premiado com o importante prêmio tecnológico Millennium Technology Prize. Um reconhecimento tardio, mas merecido, segundo Caillau: "Por que demoraram tanto? Recebemos diversos prêmios de instituições culturais, e acho surpreendente o fato de elas mostrarem um reconhecimento maior que o da própria comunidade científica."
Acelerador de partículas
O LHC – conhecido como o colisor do "Big Bang" – o maior acelerador de partículas do mundo, fica no CERN. Ele possui um túnel de 27 quilômetros de extensão sob a fronteira franco-suíça e está sendo usado por pesquisadores para estudar a "matéria escura" – partículas subatômicas que compõem cerca de 96% do universo conhecido –, assim como as forças que as mantêm unidas.
O colisor chegou às manchetes em 2012, com a descoberta do bóson de Higgs, uma partícula subatômica que faz a matéria ser matéria, cuja existência era prevista em teoria desde 1968, mas que não havia sido confirmada.
Mas, muitas vezes, lá são desenvolvidas técnicas que escapam ao campo da pesquisa nuclear. A maior delas é a world wide web, desenvolvida no centro em 1990.
O Cern – oficialmente chamado Organização Europeia de Pesquisa Nuclear – tem mais de 3 mil funcionários, representando o maior centro de pesquisa do mundo em seu gênero. Cerca de 6,5 mil cientistas pesquisam em suas dependências – praticamente a metade dos físicos elementares do mundo todo.
Questão de convenções
Se houvesse um Prêmio Nobel de Informática, Tim Berners-Lee, o criador da rede mundial, seria o primeiro a recebê-lo. Até 1990, a internet ainda era um meio de comunicação difícil de usar, acessível apenas a um grupo seleto de cientistas e oficiais militares. Foram Berners-Lee e seu colega Robert Caillau a transformá-lo num meio acessível às massas.
"Até há poucos anos, eu ainda me orgulhava, mas hoje isso é passado. A web simplesmente existe, como o ar, as nuvens, os animais", conta Caillau. "Só me irrito, às vezes, quando vejo como certos sites são malfeitos."
A internet surgiu da necessidade de interconectar vários computadores. "Quando você precisa trabalhar com dados que estão parte em seu computador, parte no de seu colega, é precisa encontrar um modo de conectá-los", explica Caillau. A solução seria desenvolver uma linguagem comum.
"Precisávamos fazer certas convenções. Foi isso que levou à criação da web: estipulamos o html como linguagem comum e o http como protocolo para a troca de informações. O acesso se daria através do www. No momento em que isso foi convencionado, estava criada a internet."
Reconhecimento tardio
Logo seguiu a decisão de torná-la acessível não apenas a funcionários do Cern, mas ao mundo todo. "Estávamos diante do dilema de quem ficaria responsável pela rede no futuro. Tínhamos a esperança de que, se a tornássemos acessível a todos, algumas firmas criariam browsers e outros serviços, e o Cern seria apenas um entre muitos usuários."
Tim Berners-Lee e Robert Caillau poderiam ser hoje multimilionários, caso tivessem criado uma patente para sua invenção. Mas não é tão fácil assim. "Se trabalhássemos para um instituto privado, jamais teríamos criado a internet. Ela só pôde ser criada em um ambiente aberto, sem vínculos comerciais. Muitos tentaram, mas ninguém conseguiu", explica Caillau.
Em 2004, Berners-Lee foi premiado com o importante prêmio tecnológico Millennium Technology Prize. Um reconhecimento tardio, mas merecido, segundo Caillau: "Por que demoraram tanto? Recebemos diversos prêmios de instituições culturais, e acho surpreendente o fato de elas mostrarem um reconhecimento maior que o da própria comunidade científica."
Acelerador de partículas
O LHC – conhecido como o colisor do "Big Bang" – o maior acelerador de partículas do mundo, fica no CERN. Ele possui um túnel de 27 quilômetros de extensão sob a fronteira franco-suíça e está sendo usado por pesquisadores para estudar a "matéria escura" – partículas subatômicas que compõem cerca de 96% do universo conhecido –, assim como as forças que as mantêm unidas.
O colisor chegou às manchetes em 2012, com a descoberta do bóson de Higgs, uma partícula subatômica que faz a matéria ser matéria, cuja existência era prevista em teoria desde 1968, mas que não havia sido confirmada.
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