Projeto instala a "pedra do tropeço" de número 70 mil
Lançada há pouco mais de 20 anos, iniciativa alcança marca histórica com pedra colocada em Frankfurt. "Stolpersteine" lembram vítimas do regime nazista e formam maior memorial descentralizado do mundo sobre o Holocausto.O projeto das stolpersteine, os paralelepípedos que lembram vítimas do regime nazista, instalou nesta terça-feira (23/10), no norte de Frankfurt, a "pedra do tropeço" de número 70 mil. Várias pessoas acompanharam a instalação.
"Não há motivo para celebrar, pois 70 mil pedras são 70 mil pedras demais", afirmou o artista Gunter Demnig, que criou projeto.
Iniciado em 1996, o projeto das "pedras de tropeço" se tornou o maior memorial descentralizado do mundo, uma "escultura social" que envolve voluntários, estudantes, escolares e familiares de vítimas do Holocausto por todo o mundo e é financiado por doações.
A stolpersteine número 70 mil é uma lembrança a Willy Zimmerer, um homem com deficiência que foi assassinado em 1944, em Hadamar, próximo a Frankfurt. A cidade possuía um hospital psiquiátrico usado para exterminar membros "indesejáveis" da sociedade num programa de eutanásia nazista. Quase 15 mil pessoas foram mortas no local.
A pedra em lembrança de Zimmerer foi colocada em frente à casa onde ele morou. Dois parentes distantes do homenageado vieram dos Estados Unidos para acompanhar a cerimônia.
"Isso significa muito para nós. Willy não será esquecido", afirmou Michael Hayse, cuja avó era prima de Zimmerer. "As pedras do tropeço mostram que as vítimas viviam entre nós", ressaltou.
As stolpersteine são placas, geralmente de 10 por 10 centímetros, de concreto e cobertas de latão, feitas à mão. Nelas, são gravadas informações sobre cada vítima, normalmente com frases como "aqui viveu", "aqui nasceu" ou "aqui trabalhou".
Elas homenageiam as vítimas do regime de Hitler, tanto os assassinados em Auschwitz e outros campos de extermínio, como também os sobreviventes e os que escaparam, fugindo para territórios palestinos, EUA e outras partes.
A grande maioria homenageia vítimas judias, mas também existem placas para membros das etnias nômades sinti e roma, para dissidentes ou mortos dos programas de eutanásia em massa, assim como para os que os nazistas tachavam de "associais".
A primeira stolpersteine foi instalada em Berlim, onde há mais de 7 mil delas. Atualmente elas estão em mais de 1.200 cidades na Alemanha. Placas foram colocadas ainda em outros 24 países, incluindo Áustria, Bélgica, França, Grécia, Itália, Polônia e Argentina.
CN/epd/kna
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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"Não há motivo para celebrar, pois 70 mil pedras são 70 mil pedras demais", afirmou o artista Gunter Demnig, que criou projeto.
Iniciado em 1996, o projeto das "pedras de tropeço" se tornou o maior memorial descentralizado do mundo, uma "escultura social" que envolve voluntários, estudantes, escolares e familiares de vítimas do Holocausto por todo o mundo e é financiado por doações.
A stolpersteine número 70 mil é uma lembrança a Willy Zimmerer, um homem com deficiência que foi assassinado em 1944, em Hadamar, próximo a Frankfurt. A cidade possuía um hospital psiquiátrico usado para exterminar membros "indesejáveis" da sociedade num programa de eutanásia nazista. Quase 15 mil pessoas foram mortas no local.
A pedra em lembrança de Zimmerer foi colocada em frente à casa onde ele morou. Dois parentes distantes do homenageado vieram dos Estados Unidos para acompanhar a cerimônia.
"Isso significa muito para nós. Willy não será esquecido", afirmou Michael Hayse, cuja avó era prima de Zimmerer. "As pedras do tropeço mostram que as vítimas viviam entre nós", ressaltou.
As stolpersteine são placas, geralmente de 10 por 10 centímetros, de concreto e cobertas de latão, feitas à mão. Nelas, são gravadas informações sobre cada vítima, normalmente com frases como "aqui viveu", "aqui nasceu" ou "aqui trabalhou".
Elas homenageiam as vítimas do regime de Hitler, tanto os assassinados em Auschwitz e outros campos de extermínio, como também os sobreviventes e os que escaparam, fugindo para territórios palestinos, EUA e outras partes.
A grande maioria homenageia vítimas judias, mas também existem placas para membros das etnias nômades sinti e roma, para dissidentes ou mortos dos programas de eutanásia em massa, assim como para os que os nazistas tachavam de "associais".
A primeira stolpersteine foi instalada em Berlim, onde há mais de 7 mil delas. Atualmente elas estão em mais de 1.200 cidades na Alemanha. Placas foram colocadas ainda em outros 24 países, incluindo Áustria, Bélgica, França, Grécia, Itália, Polônia e Argentina.
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