Ex-estrategista de Trump declara apoio a Bolsonaro
Steve Bannon afirma que o candidato do PSL será um "grande líder" para o Brasil. Considerado um guru da ultradireita, ex-funcionário da Casa Branca está à frente de um grupo de apoio ao populismo mundo afora.Steve Bannon, ex-estrategista-chefe do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e de sua campanha eleitoral em 2016 declarou nesta sexta-feira (26/10) apoio à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) à Presidência do Brasil.
"O capitão Bolsonaro é um patriota brasileiro, acredito que será um grande líder para seu país neste momento histórico", disse Bannon em texto divulgado pela agência de notícias Reuters.
"O movimento populista é um fenômeno global. A tendência está definitivamente a nosso favor, e é por isso que acho que Bolsonaro vai ganhar", disse o americano em entrevista à Reuters nesta semana. "Ele é uma figura como Trump."
O americano é considerado um dos maiores ícones da ultradireita e esteve à frente do portal Breitbart News, que ajudou a propagar a chamada nova direita no país.
Em agosto deste ano, Bannon se reuniu com Eduardo Bolsonaro, filho do candidato à Presidência, em Nova York. Na ocasião, o agora eleito deputado federal relatou que o americano era um entusiasta de seu pai e que ambos manteriam contato "para somar forças, principalmente contra o marxismo cultural".
Trump nomeou Bannon como seu estrategista-chefe logo após assumir a Presidência. Ele permaneceu no cargo durante apenas sete meses. No governo, ele defendia que Trump deveria manter o discurso populista que o levara ao poder e o encorajou, entre outras coisas, a emitir o polêmico veto migratório contra os refugiados e os imigrantes de determinados países muçulmanos, bem como a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.
Segundo o jornal o The New York Times, Bannon estava em confronto permanente com o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, que o avisou de que não admitiria as suas maquinações de bastidores. Ele também tinha fortes divergências com o cunhado de Trump, Jared Kushner, e era acusado por rivais dentro do governo de vazar informações para a imprensa.
Após deixar a Casa Branca, Bannon criou um grupo baseado em Bruxelas chamado de "O Movimento", com a proposta de promover uma agenda política conservadora aproveitando-se da onda populista na Europa, Ásia e América Latina.
Bannon já se encontrou diversas vezes com membros da cena populista de direita europeia, como a francesa Marine Le Pen, o britânico Nigel Farage, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, além de conservadores poloneses e políticos do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
Embora não tenha ligação direta com o ultradireitista, a campanha de Bolsonaro adota estratégias semelhantes às de Bannon, como a utilização das redes sociais.
RC/rtr/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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"O movimento populista é um fenômeno global. A tendência está definitivamente a nosso favor, e é por isso que acho que Bolsonaro vai ganhar", disse o americano em entrevista à Reuters nesta semana. "Ele é uma figura como Trump."
O americano é considerado um dos maiores ícones da ultradireita e esteve à frente do portal Breitbart News, que ajudou a propagar a chamada nova direita no país.
Em agosto deste ano, Bannon se reuniu com Eduardo Bolsonaro, filho do candidato à Presidência, em Nova York. Na ocasião, o agora eleito deputado federal relatou que o americano era um entusiasta de seu pai e que ambos manteriam contato "para somar forças, principalmente contra o marxismo cultural".
Trump nomeou Bannon como seu estrategista-chefe logo após assumir a Presidência. Ele permaneceu no cargo durante apenas sete meses. No governo, ele defendia que Trump deveria manter o discurso populista que o levara ao poder e o encorajou, entre outras coisas, a emitir o polêmico veto migratório contra os refugiados e os imigrantes de determinados países muçulmanos, bem como a retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris sobre o clima.
Segundo o jornal o The New York Times, Bannon estava em confronto permanente com o chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, que o avisou de que não admitiria as suas maquinações de bastidores. Ele também tinha fortes divergências com o cunhado de Trump, Jared Kushner, e era acusado por rivais dentro do governo de vazar informações para a imprensa.
Após deixar a Casa Branca, Bannon criou um grupo baseado em Bruxelas chamado de "O Movimento", com a proposta de promover uma agenda política conservadora aproveitando-se da onda populista na Europa, Ásia e América Latina.
Bannon já se encontrou diversas vezes com membros da cena populista de direita europeia, como a francesa Marine Le Pen, o britânico Nigel Farage, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, além de conservadores poloneses e políticos do partido Alternativa para a Alemanha (AfD).
Embora não tenha ligação direta com o ultradireitista, a campanha de Bolsonaro adota estratégias semelhantes às de Bannon, como a utilização das redes sociais.
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