Casa de Anne Frank se moderniza para atender público jovem
Museu em Amsterdã segue muito frequentado, mas visitantes têm cada vez menos conhecimento sobre a Segunda Guerra. Com modernização, local oferece mais informações de fundo e atividades pedagógicas.O diário de Anne Frank tem fama mundial. O local onde ele foi escrito, na Prinsengracht 263, em Amsterdã, é uma das principais atrações turísticas da Europa, recebendo cerca de 1,2 milhão de visitantes a cada ano.
Mas as expectativas dos visitantes em relação ao museu mudam com os tempos. "Os jovens que visitam a Casa de Anne Frank percebem a casa e sua história de forma totalmente diferente da minha geração", explica o diretor da Fundação Anne Frank, Ronald Leopold, nascido em 1960.
"Eu mesmo cresci com o tema Segunda Guerra Mundial e perseguição dos judeus, meus pais me contavam a respeito. Os jovens cujos avós nasceram após a Segunda Guerra têm uma relação totalmente diferente com o assunto e com frequência sabem bem menos sobre ele."
E assim decidiu-se modernizar o museu, que durante dois anos foi um verdadeiro canteiro de obras, embora permanecesse em funcionamento. Agora ele oferece mais informações de fundo e atividades pedagógicas. A intenção é mostrar não só o que aconteceu na época do nazismo, mas como se chegou a esse ponto e convidar à reflexão.
"Lembrar a história, refletir e reagir a ela são os três passos que até hoje determinam o trabalho da Casa de Anne Frank", explica Leopold. "Uma das lições mais importantes da história da era nazista, da Segunda Guerra e do Holocausto é a constatação de que tudo foi obra humana: a exclusão, a perseguição e deportação, e, por fim, o assassinato de 6 milhões de judeus."
Na nova Casa de Anne Frank, a história da adolescente judia e sua família é contada cronologicamente, com ajuda de um guia de áudio: os primeiros anos na Alemanha; a ida para a Holanda, escapando dos nazistas; os anos inicialmente felizes; até a fuga para a clandestinidade, em 1942.
A essa altura da visita guiada chega-se diante da famosa estante de livros, atrás da qual se esconde a escada levando à casa dos fundos, onde Anne e a família viveram, confinados num espaço mínimo, até serem denunciados. "Não mudamos nada na casa dos fundos", conta a arquiteta Janneke Bierman.
Trata-se do coração do museu, um local de silêncio, e o guia sonoro se cala nesse ponto. Mais tarde a história prossegue: a traição à família, a deportação para o campo de concentração. O único sobrevivente é Otto Frank, o pai de Anne, que mais tarde cuidaria para que o diário de sua filha fosse publicado.
A Casa de Anne Frank modernizada foi inaugurada na manhã desta quinta-feira (22/11) pelo rei Willem Alexander da Holanda.
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Mas as expectativas dos visitantes em relação ao museu mudam com os tempos. "Os jovens que visitam a Casa de Anne Frank percebem a casa e sua história de forma totalmente diferente da minha geração", explica o diretor da Fundação Anne Frank, Ronald Leopold, nascido em 1960.
"Eu mesmo cresci com o tema Segunda Guerra Mundial e perseguição dos judeus, meus pais me contavam a respeito. Os jovens cujos avós nasceram após a Segunda Guerra têm uma relação totalmente diferente com o assunto e com frequência sabem bem menos sobre ele."
E assim decidiu-se modernizar o museu, que durante dois anos foi um verdadeiro canteiro de obras, embora permanecesse em funcionamento. Agora ele oferece mais informações de fundo e atividades pedagógicas. A intenção é mostrar não só o que aconteceu na época do nazismo, mas como se chegou a esse ponto e convidar à reflexão.
"Lembrar a história, refletir e reagir a ela são os três passos que até hoje determinam o trabalho da Casa de Anne Frank", explica Leopold. "Uma das lições mais importantes da história da era nazista, da Segunda Guerra e do Holocausto é a constatação de que tudo foi obra humana: a exclusão, a perseguição e deportação, e, por fim, o assassinato de 6 milhões de judeus."
Na nova Casa de Anne Frank, a história da adolescente judia e sua família é contada cronologicamente, com ajuda de um guia de áudio: os primeiros anos na Alemanha; a ida para a Holanda, escapando dos nazistas; os anos inicialmente felizes; até a fuga para a clandestinidade, em 1942.
A essa altura da visita guiada chega-se diante da famosa estante de livros, atrás da qual se esconde a escada levando à casa dos fundos, onde Anne e a família viveram, confinados num espaço mínimo, até serem denunciados. "Não mudamos nada na casa dos fundos", conta a arquiteta Janneke Bierman.
Trata-se do coração do museu, um local de silêncio, e o guia sonoro se cala nesse ponto. Mais tarde a história prossegue: a traição à família, a deportação para o campo de concentração. O único sobrevivente é Otto Frank, o pai de Anne, que mais tarde cuidaria para que o diário de sua filha fosse publicado.
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