Milhares voltam a protestar na Hungria
Manifestantes tomaram ruas de Budapeste para denunciar nova legislação trabalhista chamada "lei dos escravos" que foi sancionada pelo presidente.Milhares de húngaros saíram às ruas de Budapeste nesta sexta-feira (21/12) à noite para protestar contra a sançãopelo presidente do país, János Áder, de uma controversa legislação trabalhista que foi apelidada de "lei dos escravos". Parte dos manifestantes também aproveitou a ocasião para protestar contra o governo nacionalista do primeiro-ministro Viktor Órban, que foi responsável pela aprovação da lei no parlamento.
János Áder sancionou nesta quinta-feira a lei que eleva o número de horas extras que os trabalhadores do país podem fazer no ano, medida que gerou uma série de protestos.
A polêmica legislação estabelece um máximo de 400 horas extras anuais para os húngaros. Assim, alguns podem passar a trabalhar seis dias por semana. Antes, o limite que o empregador poderia pedir era de 250 horas.
Além disso, o texto permite que os empresários paguem os valores dessas horas adicionais em até 36 meses.
Após a aprovação da lei na semana passada, uma série de protestos já havia sido organizada em Budapeste e outras cidades do país. As manifestações uniram oposição, sindicatos e organizações civis.
Apesar das horas extras serem "voluntárias", os críticos da lei alertam que os trabalhadores que se neguem a aceitá-las ficarão marcados pelos empresários e correrão risco de demissão.
O presidente da Hungria, do partido conservador nacionalista Fidesz, discordou da visão dos críticos e disse que os empregadores não poderão punir os funcionários que se negarem a aceitar as horas extras. E alegou que a lei não diminui a capacidade dos sindicatos de oferecer proteção aos trabalhadores para convênios coletivos.
As novas regras entram em vigor no dia 1º de janeiro.
Nos últimos dias, a Hungria foi palco de intensos protestos contra a lei. Os protestos – desde que Orbán chegou ao poder em 2010 são os primeiros a reunir todos os partidos da oposição, dos verdes à extrema direita – foram os mais violentos na Hungria em mais de dez anos. Dezenas de pessoas foram detidas, e vários policiais foram feridos.
A mídia pró-governo descreveu as manifestações como mais uma manipulação do bilionário americano de origem húngara George Soros, que tem sido frequentemente usado por Orbán como bode expiatório.
JPS/ots/ap
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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János Áder sancionou nesta quinta-feira a lei que eleva o número de horas extras que os trabalhadores do país podem fazer no ano, medida que gerou uma série de protestos.
A polêmica legislação estabelece um máximo de 400 horas extras anuais para os húngaros. Assim, alguns podem passar a trabalhar seis dias por semana. Antes, o limite que o empregador poderia pedir era de 250 horas.
Além disso, o texto permite que os empresários paguem os valores dessas horas adicionais em até 36 meses.
Após a aprovação da lei na semana passada, uma série de protestos já havia sido organizada em Budapeste e outras cidades do país. As manifestações uniram oposição, sindicatos e organizações civis.
Apesar das horas extras serem "voluntárias", os críticos da lei alertam que os trabalhadores que se neguem a aceitá-las ficarão marcados pelos empresários e correrão risco de demissão.
O presidente da Hungria, do partido conservador nacionalista Fidesz, discordou da visão dos críticos e disse que os empregadores não poderão punir os funcionários que se negarem a aceitar as horas extras. E alegou que a lei não diminui a capacidade dos sindicatos de oferecer proteção aos trabalhadores para convênios coletivos.
As novas regras entram em vigor no dia 1º de janeiro.
Nos últimos dias, a Hungria foi palco de intensos protestos contra a lei. Os protestos – desde que Orbán chegou ao poder em 2010 são os primeiros a reunir todos os partidos da oposição, dos verdes à extrema direita – foram os mais violentos na Hungria em mais de dez anos. Dezenas de pessoas foram detidas, e vários policiais foram feridos.
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