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Opositora venezuelana pede que Bolsonaro lidere pressão externa contra Maduro

31/12/2018 15h37

Em carta, María Corina Machado disse que vê posse do novo governo brasileiro como "oportunidade" para que o regime chavista entenda que "transição para a democracia é inadiável".A dirigente opositora venezuelana María Corina Machado pediu ao presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, que lidere uma maior "pressão internacional" contra o regime de Nicolás Maduro que o faça "entender que é inadiável a transição para a democracia" no país.

"Vemos em seu próximo governo uma oportunidade que vai além das fronteiras do Brasil, já que sua mensagem se projeta para aqueles países da América Latina onde regimes ditatoriais pretendem se eternizar no poder, como é o caso da Nicarágua, Bolívia, Cuba e Venezuela", disse Machado a Bolsonaro em carta aberta divulgada nesta segunda-feira (31/12).



"Na Venezuela enfrentamos um Estado criminoso que não está disposto a entregar o poder e que só cederá diante da pressão coordenada das forças internas e externas que o obriguem a entender que é inadiável a transição à democracia", continuou a ex-deputada, que é líder do partido Vente Venezuela.

Nesse sentido, Machado afirmou ter confiança de que a liderança do Brasil na região "contribuirá para estimular a solidariedade e a responsabilidade de proteção internacional" que segundo ela são necessárias na Venezuela, onde os cidadãos, afirmou, sofrem com "a repressão, a censura e o uso da força bruta".

As relações entre a Venezuela e o Brasil, antigos aliados políticos, pioraram desde a destituição de Dilma Rousseff e a ascensão à Presidência de Michel Temer em 2016, cujo Governo foi crítico com Maduro.

Como candidato, Bolsonaro chegou a criticar os governos de esquerda da região, incluído o de Maduro. Recentemente, o brasileiro revogou ao venezuelano o convite para a posse enviado pelo Itamaraty.

Maduro, por sua vez, disse no começo de dezembro que o Governo brasileiro estava envolvido em um plano supostamente elaborado pelos Estados Unidos para assassiná-lo e derrubar o regime chavista, no poder desde 1999. Ele também proferiu uma série de insultos contra o novo vice-presidente brasileiro, Hamilton Mourão.

JPS/efe/ots

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