Neonazistas são suspeitos de ameaças de bomba na Alemanha
Mais de cem e-mails com ameaças foram enviados a políticos, jornalistas, figuras públicas e instituições em todo o país. Investigadores veem conexão entre as correspondências, assinadas com terminologias neonazistas.Um neonazista ou um grupo neonazista é responsável por uma série de ameaças de bomba em toda a Alemanha, segundo reportagens do jornal Süddeutsche Zeitung e da emissora pública NDR divulgadas nesta quarta-feira (13/03). Mais de cem e-mails com ameaças foram enviados a políticos, jornalistas, figuras públicas e instituições estatais do país desde o final de 2018.
Duas das ameaças de bomba foram feitas no início desta semana contra a estação central de trem da cidade de Lübeck, no norte da Alemanha, e contra o departamento de Finanças da cidade de Gelsenkirchen, no oeste do país. As ameaças levaram à evacuação dos edifícios, mas nenhuma bomba foi encontrada.
Investigadores afirmaram acreditar que exista uma conexão entre os e-mails anônimos, após identificarem similaridades no estilo de escrita e nos alvos. Ainda não está claro se as ameaças estão sendo emitidas por um único indivíduo ou por um grupo – os e-mails foram enviados de contas diferentes.
As correspondências foram assinadas com terminologias neonazistas – por exemplo, "Ofensiva Nacional-Socialista", "Wehrmacht" ou "NSU 2.0" – uma referência ao grupo terrorista neonazista alemão Clandestinidade Nacional-Socialista, ativo na década de 2000 e responsável pelo assassinato de nove comerciantes de origem estrangeira e uma policial.
Em um e-mail enviado à deputada Martina Renner, do partido A Esquerda, o remetente afirmou estar por trás das ameaças de bomba. No texto, o autor ameaçou bombardear bancos, estações ferroviárias e instituições estatais em toda a Alemanha. O remetente também ameaçou enviar cartas-bomba e executar cidadãos nas ruas, mencionando fuzis de assalto, pistolas e armas biológicas.
Outros e-mails foram enviados a políticos, jornalistas, advogados, instituições públicas, figuras proeminentes e ao Conselho Central de Judeus. Entre os destinatários famosos está a cantora Helene Fischer, que condenou publicamente os tumultos causados pela extrema direita em Chemnitz no ano passado.
Ainda de acordo com os investigadores, nenhuma bomba foi encontrada até o momento – todas as ameaças "permaneceram virtuais".
Em agosto passado, Seda Basay-Yildiz – advogada de origem turca que vive em Frankfurt – recebeu um fax assinado com "NSU 2.0", no qual o remetente ameaçou matar sua filha de dois anos. Basay-Yildiz representou as famílias de algumas das vítimas dos atentados da NSU.
Em dezembro, o Departamento Estadual de Investigações do estado de Hessen abriu uma investigação sobre uma suposta rede extremista de direita dentro da força policial de Frankfurt.
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Duas das ameaças de bomba foram feitas no início desta semana contra a estação central de trem da cidade de Lübeck, no norte da Alemanha, e contra o departamento de Finanças da cidade de Gelsenkirchen, no oeste do país. As ameaças levaram à evacuação dos edifícios, mas nenhuma bomba foi encontrada.
Investigadores afirmaram acreditar que exista uma conexão entre os e-mails anônimos, após identificarem similaridades no estilo de escrita e nos alvos. Ainda não está claro se as ameaças estão sendo emitidas por um único indivíduo ou por um grupo – os e-mails foram enviados de contas diferentes.
As correspondências foram assinadas com terminologias neonazistas – por exemplo, "Ofensiva Nacional-Socialista", "Wehrmacht" ou "NSU 2.0" – uma referência ao grupo terrorista neonazista alemão Clandestinidade Nacional-Socialista, ativo na década de 2000 e responsável pelo assassinato de nove comerciantes de origem estrangeira e uma policial.
Em um e-mail enviado à deputada Martina Renner, do partido A Esquerda, o remetente afirmou estar por trás das ameaças de bomba. No texto, o autor ameaçou bombardear bancos, estações ferroviárias e instituições estatais em toda a Alemanha. O remetente também ameaçou enviar cartas-bomba e executar cidadãos nas ruas, mencionando fuzis de assalto, pistolas e armas biológicas.
Outros e-mails foram enviados a políticos, jornalistas, advogados, instituições públicas, figuras proeminentes e ao Conselho Central de Judeus. Entre os destinatários famosos está a cantora Helene Fischer, que condenou publicamente os tumultos causados pela extrema direita em Chemnitz no ano passado.
Ainda de acordo com os investigadores, nenhuma bomba foi encontrada até o momento – todas as ameaças "permaneceram virtuais".
Em agosto passado, Seda Basay-Yildiz – advogada de origem turca que vive em Frankfurt – recebeu um fax assinado com "NSU 2.0", no qual o remetente ameaçou matar sua filha de dois anos. Basay-Yildiz representou as famílias de algumas das vítimas dos atentados da NSU.
Em dezembro, o Departamento Estadual de Investigações do estado de Hessen abriu uma investigação sobre uma suposta rede extremista de direita dentro da força policial de Frankfurt.
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