Desastre em Brumadinho prejudica indústria em MG e ES
IBGE aponta quedas significativas na produção industrial no Espírito Santo e Minas Gerais em fevereiro. Estados foram impactos por redução na produção de minério de ferro ocasionada por rompimento de barragem.O rompimento de uma barragem em Brumadinho, no final de janeiro, derrubou a produção industrial do Espírito Santo e de Minas Gerais em fevereiro, mostraram dados divulgados nesta terça-feira (09/04) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em comparação com janeiro, a indústria no Espírito Santo recuou 9,7% em fevereiro, e em Minas Gerais, 4,7%. Segundo o IBGE, o resultado negativo está relacionado à redução na produção de minério de ferro decorrente do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, na cidade mineira de Brumadinho.
"O acidente provocou recuos na produção tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo, que, pela proximidade, também foi afetado. A queda foi mais intensa na indústria capixaba, porque houve também diminuição na produção de derivados de petróleo e gás, além do fato de a indústria do estado ser menos diversificada que a mineira", afirmou Bernardo de Almeida, analista do IBGE.
Em 25 de janeiro, a barragem do Córrego do Feijão, que continha rejeitos de uma mina da Vale, se rompeu em Brumadinho. Um rio de lama e resíduos minerais enterrou, em questão de segundos, as instalações da mina e as casas vizinhas, deixando um saldo de 224 mortos e 69 desaparecidos, segundo o balanço mais recente, além de danos ambientais incalculáveis.
Após a tragédia, as autoridades iniciaram uma sindicância para esclarecer a responsabilidade da Vale no desastre, o segundo protagonizado pela mineradora em pouco mais de três anos. Em 2015, a ruptura de vários diques da mineira Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton em Mariana, MG, causou 19 mortes e provocou a maior catástrofe ambiental da história do país.
A pesquisa do IBGE analisou ainda na produção industrial em outras 13 regiões e identificou uma alta em nove delas e recuo em quatro. Diante destes resultados, a indústria brasileira cresceu no total 0,7% em fevereiro.
Concentrando 34% da produção nacional, a indústria paulista cresceu 2,6%, a maior expansão desde junho de 2018, quando registrou 13,7%. De acordo com Almeida, esse resultado foi impulsionado pelo setor automobilístico.
O maior crescimento de fevereiro foi registrado na Bahia (6,5%), seguido pela região Nordeste (6,2%) e Pernambuco (5,9%). Já os maiores recuos, depois do Espírito Santos e Minas Gerais, ocorreram em Goiás (-2,6%), Rio de Janeiro (-2,1%) e Rio Grande do Sul (-1,4%).
CN/ots
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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
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Em comparação com janeiro, a indústria no Espírito Santo recuou 9,7% em fevereiro, e em Minas Gerais, 4,7%. Segundo o IBGE, o resultado negativo está relacionado à redução na produção de minério de ferro decorrente do rompimento da barragem do Córrego do Feijão, na cidade mineira de Brumadinho.
"O acidente provocou recuos na produção tanto em Minas Gerais quanto no Espírito Santo, que, pela proximidade, também foi afetado. A queda foi mais intensa na indústria capixaba, porque houve também diminuição na produção de derivados de petróleo e gás, além do fato de a indústria do estado ser menos diversificada que a mineira", afirmou Bernardo de Almeida, analista do IBGE.
Em 25 de janeiro, a barragem do Córrego do Feijão, que continha rejeitos de uma mina da Vale, se rompeu em Brumadinho. Um rio de lama e resíduos minerais enterrou, em questão de segundos, as instalações da mina e as casas vizinhas, deixando um saldo de 224 mortos e 69 desaparecidos, segundo o balanço mais recente, além de danos ambientais incalculáveis.
Após a tragédia, as autoridades iniciaram uma sindicância para esclarecer a responsabilidade da Vale no desastre, o segundo protagonizado pela mineradora em pouco mais de três anos. Em 2015, a ruptura de vários diques da mineira Samarco, controlada pela Vale e BHP Billiton em Mariana, MG, causou 19 mortes e provocou a maior catástrofe ambiental da história do país.
A pesquisa do IBGE analisou ainda na produção industrial em outras 13 regiões e identificou uma alta em nove delas e recuo em quatro. Diante destes resultados, a indústria brasileira cresceu no total 0,7% em fevereiro.
Concentrando 34% da produção nacional, a indústria paulista cresceu 2,6%, a maior expansão desde junho de 2018, quando registrou 13,7%. De acordo com Almeida, esse resultado foi impulsionado pelo setor automobilístico.
O maior crescimento de fevereiro foi registrado na Bahia (6,5%), seguido pela região Nordeste (6,2%) e Pernambuco (5,9%). Já os maiores recuos, depois do Espírito Santos e Minas Gerais, ocorreram em Goiás (-2,6%), Rio de Janeiro (-2,1%) e Rio Grande do Sul (-1,4%).
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