Economia da Alemanha encolhe no segundo trimestre
Após crescimento de 0,4% no primeiro trimestre, PIB alemão contrai 0,1% de abril a junho e deixa maior economia da zona do euro à beira da recessão técnica. Índice foi afetado pelos resultados ruins do comércio exterior.O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha registrou uma contração de 0,1% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, informou nesta quarta-feira (14/08) o Departamento Federal de Estatísticas (Destatis).
O ministro alemão da Economia, Peter Altmaier, classificou a notícia de um "sinal de alerta", acrescentando que a preocupação agora é, através das "medidas corretas", evitar uma recessão técnica – o que ocorre quando o PIB encolhe em dois trimestres seguidos.
A contração da economia nos meses de abril a junho ocorre após um aumento de 0,4% no primeiro trimestre. A Alemanha já havia beirado a recessão técnica na segunda metade de 2018, com uma contração de 0,2% no terceiro trimestre.
A contração atual é atribuída principalmente à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que danifica o rendimento de seu potente setor externo e da indústria manufatureira.
"O setor externo freou a evolução do crescimento econômico, porque as exportações retrocederam mais do que as importações com relação ao trimestre anterior", explicou o Destatis em nota, na qual ressaltou que a demanda interna e o gasto público apresentaram crescimento entre abril e junho.
A demanda interna se tornou um importante impulsionador do crescimento para a Alemanha nos anos recentes, quando os consumidores se beneficiam de uma taxa de emprego recorde, aumentos de salários e crédito baixo.
O mercado de trabalho alemão se manteve em ritmo de crescimento, com 45,2 milhões de empregados, um aumento de 1% em relação ao primeiro trimestre, segundo o Destatis.
Já a produção industrial, em junho, caiu 5,2% em termos anualizados, a maior queda em uma década, e as exportações despencaram 8%, a maior queda em três anos, segundo dados divulgados nos últimos dias.
O setor da construção foi outro que sofreu retração neste trimestre, após um crescimento nos primeiros três meses do ano, devido a um inverno atipicamente ameno.
A indústria automotiva, principal empregadora e exportadora do país, também não atravessa bom momento, após o escândalo da manipulação de emissões de motores a diesel.
Entre os fatores externos que contribuíram para a contração da economia alemã no segundo trimestre estão ainda as incertezas em torno do Brexit, que caminha para um divórcio sem acordo após a nomeação de Boris Johnson como primeiro-ministro britânico, e o esfriamento econômico na zona do euro, com especial atenção aos problemas políticos na Itália.
"Estamos numa fraqueza conjuntural, mas ainda não estamos em uma recessão, o que podemos evitar, se tomarmos as medidas certas", afirmou o ministro Altmaier. Ele acrescentou ser importante uma política de crescimento inteligente, que garanta empregos. Isso incluiria, segundo ele, medidas de alívio para empresas, especialmente as de médio porte.
MD/afp/rtr/efe
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| App | Instagram | Newsletter
O ministro alemão da Economia, Peter Altmaier, classificou a notícia de um "sinal de alerta", acrescentando que a preocupação agora é, através das "medidas corretas", evitar uma recessão técnica – o que ocorre quando o PIB encolhe em dois trimestres seguidos.
A contração da economia nos meses de abril a junho ocorre após um aumento de 0,4% no primeiro trimestre. A Alemanha já havia beirado a recessão técnica na segunda metade de 2018, com uma contração de 0,2% no terceiro trimestre.
A contração atual é atribuída principalmente à guerra comercial entre os Estados Unidos e a China, que danifica o rendimento de seu potente setor externo e da indústria manufatureira.
"O setor externo freou a evolução do crescimento econômico, porque as exportações retrocederam mais do que as importações com relação ao trimestre anterior", explicou o Destatis em nota, na qual ressaltou que a demanda interna e o gasto público apresentaram crescimento entre abril e junho.
A demanda interna se tornou um importante impulsionador do crescimento para a Alemanha nos anos recentes, quando os consumidores se beneficiam de uma taxa de emprego recorde, aumentos de salários e crédito baixo.
O mercado de trabalho alemão se manteve em ritmo de crescimento, com 45,2 milhões de empregados, um aumento de 1% em relação ao primeiro trimestre, segundo o Destatis.
Já a produção industrial, em junho, caiu 5,2% em termos anualizados, a maior queda em uma década, e as exportações despencaram 8%, a maior queda em três anos, segundo dados divulgados nos últimos dias.
O setor da construção foi outro que sofreu retração neste trimestre, após um crescimento nos primeiros três meses do ano, devido a um inverno atipicamente ameno.
A indústria automotiva, principal empregadora e exportadora do país, também não atravessa bom momento, após o escândalo da manipulação de emissões de motores a diesel.
Entre os fatores externos que contribuíram para a contração da economia alemã no segundo trimestre estão ainda as incertezas em torno do Brexit, que caminha para um divórcio sem acordo após a nomeação de Boris Johnson como primeiro-ministro britânico, e o esfriamento econômico na zona do euro, com especial atenção aos problemas políticos na Itália.
"Estamos numa fraqueza conjuntural, mas ainda não estamos em uma recessão, o que podemos evitar, se tomarmos as medidas certas", afirmou o ministro Altmaier. Ele acrescentou ser importante uma política de crescimento inteligente, que garanta empregos. Isso incluiria, segundo ele, medidas de alívio para empresas, especialmente as de médio porte.
MD/afp/rtr/efe
______________
A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube
| App | Instagram | Newsletter
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.