Facebook remove dezenas de contas falsas ligadas à família Bolsonaro
Facebook remove dezenas de contas falsas ligadas à família Bolsonaro - Empresa diz que perfis no Facebook e Instagram foram associados a membros dos gabinetes do presidente e de seus filhos. Contas violavam políticas da plataforma, e algumas promoviam discurso de ódio e ataques políticos.O Facebook informou nesta quarta-feira (08/07) que removeu dezenas de páginas e contas falsas ligadas a funcionários dos gabinetes da família do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a empresa, esses perfis estavam envolvidos em "comportamento inautêntico coordenado no Brasil".
Ao todo, foram removidas 35 contas do Facebook, 14 páginas e um grupo, além de 38 contas do Instagram, afirmou a rede social em comunicado em seu site.
"Essa rede consistia em vários grupos com atividades conectadas que usavam uma combinação de contas duplicadas e contas falsas – algumas das quais foram detectadas e desativadas por nossos sistemas automatizados – para evitar a aplicação [de políticas da plataforma]", diz a nota.
Segundo o Facebook, essas páginas criavam pessoas fictícias que fingiam ser jornalistas, publicavam conteúdo e gerenciavam páginas disfarçadas de veículos de notícias.
As postagens consistiam em notícias sobre política e eleições, por exemplo, memes políticos e críticas à oposição, à imprensa e a jornalistas. Mais recentemente, elas passaram a abordar também a pandemia de coronavírus.
"Parte do conteúdo postado por essa rede já havia sido retirado por violações dos Padrões da Comunidade, incluindo discurso de ódio", afirma a nota.
A empresa disse que, embora as pessoas por trás dessas páginas tentassem ocultar suas identidades, uma investigação feita pela companhia encontrou ligações com pessoas associadas ao PSL, antigo partido de Bolsonaro, e funcionários dos gabinetes do presidente e de dois de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Também foram encontradas ligações com integrantes dos gabinetes de Anderson Moraes e Alana Passos, ambos deputados estaduais pelo PSL no Rio de Janeiro.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as páginas e contas removidas traziam, inclusive, conteúdo de ataques a adversários políticos proferidos pelo assessor especial da Presidência da República, Tércio Arnaud Thomaz – ele faz parte do chamado "gabinete do ódio", máquina de propagação de boatos e ataques tutelada pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.
A rede social informou que cerca de 883 mil usuários seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook, e aproximadamente 917 mil pessoas seguiam uma ou mais das contas excluídas do Instagram. Já o único grupo removido reunia cerca de 350 pessoas. Além disso, essas páginas gastaram 1,5 mil dólares em anúncios, pagos em real.
As páginas atingidas não foram especificadas, mas a empresa publicou imagens que exemplificam alguns dos conteúdos divulgados, e nelas é possível ver as páginas "Jogo Político" e "Bolsonaro News" no Facebook, e o perfil @gato_fingido no Instagram.
O Facebook explicou que as atividades foram identificadas como parte de uma investigação interna da empresa sobre suspeitas de comportamento inautêntico coordenado no Brasil, relatado pela imprensa e citado durante audiências no Congresso brasileiro.
A apuração do Facebook não se restringe ao país. Nesta quarta-feira, a empresa informou que removeu ao todo quatro redes diferentes por violações das políticas da plataforma. Essas redes tiveram origem no Canadá, Equador, Ucrânia e Estados Unidos, além do Brasil.
EK/rtr/ots
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Ao todo, foram removidas 35 contas do Facebook, 14 páginas e um grupo, além de 38 contas do Instagram, afirmou a rede social em comunicado em seu site.
"Essa rede consistia em vários grupos com atividades conectadas que usavam uma combinação de contas duplicadas e contas falsas – algumas das quais foram detectadas e desativadas por nossos sistemas automatizados – para evitar a aplicação [de políticas da plataforma]", diz a nota.
Segundo o Facebook, essas páginas criavam pessoas fictícias que fingiam ser jornalistas, publicavam conteúdo e gerenciavam páginas disfarçadas de veículos de notícias.
As postagens consistiam em notícias sobre política e eleições, por exemplo, memes políticos e críticas à oposição, à imprensa e a jornalistas. Mais recentemente, elas passaram a abordar também a pandemia de coronavírus.
"Parte do conteúdo postado por essa rede já havia sido retirado por violações dos Padrões da Comunidade, incluindo discurso de ódio", afirma a nota.
A empresa disse que, embora as pessoas por trás dessas páginas tentassem ocultar suas identidades, uma investigação feita pela companhia encontrou ligações com pessoas associadas ao PSL, antigo partido de Bolsonaro, e funcionários dos gabinetes do presidente e de dois de seus filhos, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP).
Também foram encontradas ligações com integrantes dos gabinetes de Anderson Moraes e Alana Passos, ambos deputados estaduais pelo PSL no Rio de Janeiro.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, as páginas e contas removidas traziam, inclusive, conteúdo de ataques a adversários políticos proferidos pelo assessor especial da Presidência da República, Tércio Arnaud Thomaz – ele faz parte do chamado "gabinete do ódio", máquina de propagação de boatos e ataques tutelada pelo vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho do presidente.
A rede social informou que cerca de 883 mil usuários seguiam uma ou mais dessas páginas no Facebook, e aproximadamente 917 mil pessoas seguiam uma ou mais das contas excluídas do Instagram. Já o único grupo removido reunia cerca de 350 pessoas. Além disso, essas páginas gastaram 1,5 mil dólares em anúncios, pagos em real.
As páginas atingidas não foram especificadas, mas a empresa publicou imagens que exemplificam alguns dos conteúdos divulgados, e nelas é possível ver as páginas "Jogo Político" e "Bolsonaro News" no Facebook, e o perfil @gato_fingido no Instagram.
O Facebook explicou que as atividades foram identificadas como parte de uma investigação interna da empresa sobre suspeitas de comportamento inautêntico coordenado no Brasil, relatado pela imprensa e citado durante audiências no Congresso brasileiro.
A apuração do Facebook não se restringe ao país. Nesta quarta-feira, a empresa informou que removeu ao todo quatro redes diferentes por violações das políticas da plataforma. Essas redes tiveram origem no Canadá, Equador, Ucrânia e Estados Unidos, além do Brasil.
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