Irã emite primeira pena de morte ligada aos protestos
Irã emite primeira pena de morte ligada aos protestos - Manifestante é condenado à morte acusado de uma série de crimes, incluindo ser "inimigo de Deus". Ele é um dos milhares que já foram presos durante a repressão iraniana aos protestos após morte da jovem Mahsa Amini.O Irã emitiu neste domingo (13/11) sua primeira sentença de morte relacionada à onda de protestos que ocorrem há semanas em todo o país, informou um site de notícias ligado ao Judiciário iraniano.
O acusado não identificado foi condenado à morte pelos crimes de "incendiar um prédio do governo, perturbar a ordem pública, [promover] reunião e conspiração para cometer um crime contra a segurança nacional", além de ser "um inimigo de Deus e corrupção na Terra", disse o site Mizan Online.
Este último é um dos crimes mais graves sob a lei iraniana. O julgamento ocorreu em um tribunal de Teerã, capital do país. O condenado pode recorrer da sentença.
Segundo o mesmo site, uma outra corte em Teerã sentenciou cinco pessoas à prisão, com penas entre cinco a dez anos, por "reunir-se e conspirar para cometer crimes contra a segurança nacional e perturbar a ordem pública".
Os protestos em todo o país tiveram início após a morte da jovem curda Jina Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, sob custódia policial. Ela havia sido presa pela controversa polícia da moral iraniana por não estar usando o hijab (véu islâmico) corretamente, violando assim o rígido código de vestimenta do país para as mulheres.
Os protestos de mulheres cresceram e se tornaram atos também contra o regime iraniano, mas têm sido reprimidos pelas forças de segurança do país, muitas vezes com violência.
Mais cedo neste domingo, centenas de pessoas em três províncias foram indiciadas por sua participação nas manifestações, as quais o Irã se refere como "motins". Desde o início dos atos em meados de setembro, mais de 2 mil pessoas já foram formalmente acusadas.
Grupos de direitos humanos afirmam que 15 mil manifestantes já foram detidos – um número que as autoridades iranianas negam.
A repressão do regime ainda teria provocado mais de 320 mortes desde o início dos protestos, segundo um relatório divulgado no sábado pela ONG Iran Human Rights (IHR).
Além da repressão contra manifestantes, o Irã também sancionou o serviço da DW em idioma persa no mês passado pela cobertura dos protestos, acusando-o de "apoiar o terrorismo".
ek (AFP, AP, Efe)
O acusado não identificado foi condenado à morte pelos crimes de "incendiar um prédio do governo, perturbar a ordem pública, [promover] reunião e conspiração para cometer um crime contra a segurança nacional", além de ser "um inimigo de Deus e corrupção na Terra", disse o site Mizan Online.
Este último é um dos crimes mais graves sob a lei iraniana. O julgamento ocorreu em um tribunal de Teerã, capital do país. O condenado pode recorrer da sentença.
Segundo o mesmo site, uma outra corte em Teerã sentenciou cinco pessoas à prisão, com penas entre cinco a dez anos, por "reunir-se e conspirar para cometer crimes contra a segurança nacional e perturbar a ordem pública".
Os protestos em todo o país tiveram início após a morte da jovem curda Jina Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, sob custódia policial. Ela havia sido presa pela controversa polícia da moral iraniana por não estar usando o hijab (véu islâmico) corretamente, violando assim o rígido código de vestimenta do país para as mulheres.
Os protestos de mulheres cresceram e se tornaram atos também contra o regime iraniano, mas têm sido reprimidos pelas forças de segurança do país, muitas vezes com violência.
Mais cedo neste domingo, centenas de pessoas em três províncias foram indiciadas por sua participação nas manifestações, as quais o Irã se refere como "motins". Desde o início dos atos em meados de setembro, mais de 2 mil pessoas já foram formalmente acusadas.
Grupos de direitos humanos afirmam que 15 mil manifestantes já foram detidos – um número que as autoridades iranianas negam.
A repressão do regime ainda teria provocado mais de 320 mortes desde o início dos protestos, segundo um relatório divulgado no sábado pela ONG Iran Human Rights (IHR).
Além da repressão contra manifestantes, o Irã também sancionou o serviço da DW em idioma persa no mês passado pela cobertura dos protestos, acusando-o de "apoiar o terrorismo".
ek (AFP, AP, Efe)
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