Bebê brasileira é morta em bombardeio no Líbano

Bebê brasileira é morta em bombardeio no Líbano - Fátima Abbas, de 1 ano, é a terceira vítima brasileira do conflito entre Israel e o grupo xiita Hezbollah, segundo o Itamaraty. Família aguardava repatriação.Um bombardeio israelense que atingiu Hadeth, um subúrbio de Beirute, capital do Líbano, no último sábado (02/11) matou uma bebê brasileira de cerca de 1 ano de idade, segundo nota publicada pelo Itamaraty.

"Ao expressar à família de Fátima Abbas as mais sentidas condolências e estender toda a sua solidariedade, o governo brasileiro reitera a condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos e injustificados ataques aéreos israelenses contra zonas civis no Líbano", escreveu a pasta, em nota publicada nesta segunda-feira.

Segundo o Itamaraty, o conflito entre Israel e o grupo xiita Hezbollah já resultou na morte de três cidadãos brasileiros, todos menores de idade "vitimados por ataques israelenses".

Além de Fátima, foram vítimas de bombardeios os adolescentes Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, de 15 anos.

Família aguardava repatriação

Desde o início de outubro, uma operação do governo federal repatriou 2.072, dos cerca de 3 mil brasileiros que se registraram para sair do Líbano em voos oficiais. A família de Fátima estava entre os que aguardavam a viagem. O décimo voo pousará no Brasil na terça-feira.

Em entrevista ao portal G1, o avô da vítima, Ali Abbas, disse que o pai e a mãe da criança também foram feridos no bombardeio, mas apenas a bebê não resistiu. "Minha neta estava na cadeirinha, no banco de trás, meu filho com a esposa estavam na frente e aconteceu o bombardeio. Aí veio um pedaço daquele míssil na barriga da minha neta. Eles correram para o hospital e fizeram cirurgia, mas estava sangrando muito", disse ao G1.

Israel diz que alvo é rede financeira do Hezbollah

A região na fronteira entre Israel e o Líbano tem sido palco de ataques quase diários entre os militares israelenses e Hezbollah desde o início da guerra entre Israel e o grupo islâmico Hamas, motivada pelo ataque de 7 de outubro do ano passado.

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A campanha militar de Israel contra o Hezbollah, que apoia o Hamas, porém, aumentou de forma mais significativa em setembro, e culminou em uma incursão israelense por terra. Hezbollah e Hamas são tomadas como organizações terroristas por Estados Unidos e União Europeia.

Os ataques aéreos israelenses em Beirute, porém, continuaram em outubro. O país argumenta que mira a estrutura financeira do Hezbollah .

gq (Agência Brasil, ots)

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