Papa declara santo jesuíta José de Anchieta, "o apóstolo do Brasil"
![Área onde 83 trabalhadores de uma mina no Tibete (China) foram soterrados depois de um deslizamento de terra - Xinhua/AP - 30.mar.2013](https://conteudo.imguol.com.br/2013/03/30/30mar2013---area-onde-83-trabalhadores-de-uma-mina-no-tibete-china-foram-soterrados-por-um-deslizamento-de-terra-na-sexta-feira-29-segundo-a-agencia-de-noticias-chinesa-xinhua-o-corpo-de-um-dos-1364677330134_300x300.jpg)
Cidade do Vaticano, 3 abr (EFE).- O papa Francisco declarou nesta quinta-feira santo o jesuíta espanhol José de Anchieta (1534-1597), conhecido por ser o fundador de São Paulo e por seu trabalho humanitário e catequizador no Brasil, onde chegou em 1553.
Francisco recebeu hoje o prefeito regional para a congregação para a Causa dos Santos, o cardeal Angelo Amato, para assinar a promulgação de decretos para várias canonizações, entre elas a de Anchieta, informou o escritório de imprensa do Vaticano.
O papa, como já se tinha anunciado, assinou o ato de "canonização equivalente" para tornar santo Anchieta, o que evita um longo processo de canonização, no qual se necessita a aprovação de um milagre.
Neste processo, introduzido por Urbano VIII em 1634, o papa tem que levar em conta a devoção que se tem ao beato.
Neste caso, não é necessária uma missa para oficializar a canonização, mas Francisco, também jesuíta, já tinha antecipado que em 24 de abril presidirá uma missa em honra ao novo santo na igreja de Santo Inácio, em Roma.
A beatificação de Anchieta foi realizada em 22 de junho de 1980 pelo papa João Paulo II.
Na ocasião, o papa polonês destacou o apostolado em terra brasileira, sua devoção mariana e a defesa dos indígenas contra as injustiças dos colonizadores.
"Um incansável e genial missionário é José de Anchieta", afirmou João Paulo II. "Ao ser internar na Companhia de Jesus, parte, no ano 1553, para o Brasil, onde, na missão de Piratininga, empreendeu múltiplas atividades pastorais para aproximar e ganhar para Cristo os índios das selvas virgens e amou com imenso afeto seus irmãos e compartilhou com eles sua vida", afirmou o então papa.
"Para eles compôs um catecismo, adaptado para sua mentalidade, que contribuiu enormemente para sua cristianização. Por tudo isso, merece o título de 'Apóstolo do Brasil'", concluiu o pontífice.
Junto com o padre Anchieta também foram declarados santos pelo procedimento de canonização equivalente a mística missionária María da Encarnação (1599-1672), fundadora do Mosteiro das Ursulinas no Québec (Canadá), e o bispo do Québec Francisco de Montmorency-Laval (1623-1708).
Anchieta ingressou nos jesuítas em 1550 e, três anos mais tarde, após concluído o noviciado, foi destinado para as missões no Brasil, onde chegou em Salvador em 13 de julho de 1553, em plena colonização do continente.
A chegada do jesuíta na Bahia significou o começo de uma missão de 44 anos, na qual, entre outras coisas, fundou a cidade de São Paulo e atuou na catequização dos nativos, ficando conhecido como o "apóstolo do Brasil".
Desde sua chegada, destacou-se por combater a perseguição dos indígenas e o mercado de escravos.
Além disso, sua faceta de escritor, poeta e linguista o transformaram em um destacado representante da cultura local, já que chegou a aprender a língua tupi, falada pelos indígenas.
O jesuíta é inclusive o autor da primeira gramática da língua tupi.
José de Anchieta morreu em 9 de junho de 1597 em Reritinga, cidade localizada em São Paulo que hoje tem o seu sobrenome.
Francisco recebeu hoje o prefeito regional para a congregação para a Causa dos Santos, o cardeal Angelo Amato, para assinar a promulgação de decretos para várias canonizações, entre elas a de Anchieta, informou o escritório de imprensa do Vaticano.
O papa, como já se tinha anunciado, assinou o ato de "canonização equivalente" para tornar santo Anchieta, o que evita um longo processo de canonização, no qual se necessita a aprovação de um milagre.
Neste processo, introduzido por Urbano VIII em 1634, o papa tem que levar em conta a devoção que se tem ao beato.
Neste caso, não é necessária uma missa para oficializar a canonização, mas Francisco, também jesuíta, já tinha antecipado que em 24 de abril presidirá uma missa em honra ao novo santo na igreja de Santo Inácio, em Roma.
A beatificação de Anchieta foi realizada em 22 de junho de 1980 pelo papa João Paulo II.
Na ocasião, o papa polonês destacou o apostolado em terra brasileira, sua devoção mariana e a defesa dos indígenas contra as injustiças dos colonizadores.
"Um incansável e genial missionário é José de Anchieta", afirmou João Paulo II. "Ao ser internar na Companhia de Jesus, parte, no ano 1553, para o Brasil, onde, na missão de Piratininga, empreendeu múltiplas atividades pastorais para aproximar e ganhar para Cristo os índios das selvas virgens e amou com imenso afeto seus irmãos e compartilhou com eles sua vida", afirmou o então papa.
"Para eles compôs um catecismo, adaptado para sua mentalidade, que contribuiu enormemente para sua cristianização. Por tudo isso, merece o título de 'Apóstolo do Brasil'", concluiu o pontífice.
Junto com o padre Anchieta também foram declarados santos pelo procedimento de canonização equivalente a mística missionária María da Encarnação (1599-1672), fundadora do Mosteiro das Ursulinas no Québec (Canadá), e o bispo do Québec Francisco de Montmorency-Laval (1623-1708).
Anchieta ingressou nos jesuítas em 1550 e, três anos mais tarde, após concluído o noviciado, foi destinado para as missões no Brasil, onde chegou em Salvador em 13 de julho de 1553, em plena colonização do continente.
A chegada do jesuíta na Bahia significou o começo de uma missão de 44 anos, na qual, entre outras coisas, fundou a cidade de São Paulo e atuou na catequização dos nativos, ficando conhecido como o "apóstolo do Brasil".
Desde sua chegada, destacou-se por combater a perseguição dos indígenas e o mercado de escravos.
Além disso, sua faceta de escritor, poeta e linguista o transformaram em um destacado representante da cultura local, já que chegou a aprender a língua tupi, falada pelos indígenas.
O jesuíta é inclusive o autor da primeira gramática da língua tupi.
José de Anchieta morreu em 9 de junho de 1597 em Reritinga, cidade localizada em São Paulo que hoje tem o seu sobrenome.
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