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Biólogo espanhol defensor do meio ambiente é assassinado no Brasil

De Brasília

07/08/2013 12h27

O biólogo espanhol Gonzalo Alonso Hernández, que vivia no Rio de Janeiro, foi assassinado a tiros, crime que, segundo a polícia, pode ter a ver com suas denúncias sobre caça e desmatamento ilegal, informou nesta quarta-feira (7) a polícia.

Hernández, de 49 anos, foi encontrado morto em uma cachoeira do Parque Cunhambebe, no distrito de Lídice, no município de Rio Claro (170 quilômetros do Rio de Janeiro), onde vivia com sua mulher, Maria de Lurdes Pena Campos.

Seu corpo foi encontrado na segunda-feira (5) por um vizinho da zona e, segundo confirmou a polícia, tinha marcas de bala na cabeça.

O biólogo trabalhava no Instituto Terra e fazia serviços de consultoria em assuntos ecológicos no Conselho Municipal do Meio Ambiente de Lídice.

Segundo a polícia informou, sua esposa declarou que Hernández tinha tido sérias discussões com caçadores, extratores de palmito e criadores de gado que operam de maneira ilegal no Parque Cunhambebe.

O delegado Marco Antonio Alves declarou aos jornalistas que a primeira hipótese é que o espanhol tenha sido assassinado devido à defesa do meio ambiente na zona.

"Hernández defendia espécies em extinção, combatia a caça predadora no parque e há testemunhas que disseram que isso estava incomodando muitas pessoas", declarou Alves.

O chefe policial disse que a esposa não soube mais do biólogo desde no domingo, quando ele a levou até o terminal de ônibus de Lídice, de onde viajou rumo ao Rio de Janeiro.