Topo

Governo do Quênia oferece recompensa por suposto líder de ataque a universidade

Em Nairóbi

02/04/2015 11h43

O governo do Quênia identificou nesta quinta-feira (2) Mohammed Mohamud, ex-professor de Garissa, como o líder que está por trás do ataque da Al Shabab na universidade da cidade, que fez ao menos 15 mortos e 65 feridos, informaram os meios de comunicação locais.

O governo ofereceu uma recompensa de cinco milhões de xelins (cerca de R$ 680 mil) por qualquer informação que leve à detenção de Mohamud, que está foragido desde dezembro, segundo o "Daily Nation".

As forças de segurança o identificaram então como o comandante regional da Al Shabab que teria planificado dois massacres que deixaram 58 mortos no distrito de Mandera, no nordeste do país, no final do ano passado.

Segundo relatório de segurança ao qual teve acesso o mesmo jornal, Mohamud é um antigo professor de um madraçal (escola corânica) de Garissa e utiliza até três apelidos: Sheikh Mahamad, Dulyadin e Gamadheere.

Ele se uniu à militância islamita quando ainda existia a União das Cortes Islâmicas (UCI), que acabaria se separando em vários grupos, entre os quais depois se destacaria o Al Shabab, no qual entrou em 2009, segundo o mesmo jornal.

O relatório também adverte que Kuno costuma utilizar membros de sua família para realizar os ataques que planeja e que atualmente é o líder da Al Shabab na região somali de Juba, que faz fronteira com as províncias quenianas mais afetadas pelos ataques do último ano: Mandera, Wajir, Garissa e Lamu.

Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 65 ficaram feridas em um ataque perpetrado hoje na Universidade de Garissa e reivindicado pelo grupo islamita Al Shabab.

Os fatos ocorreram por volta das 5h30 local (23h30, em Brasília), quando os atacantes entraram no recinto universitário e começaram a disparar indiscriminadamente e detonaram vários artefatos explosivos.

Os atacantes conseguiram chegar às residências do campus após enfrentar os policiais que cuidavam da entrada desta zona em um tiroteio, explicou o inspetor geral da polícia, Joseph Boinnet, que se encontra no local.

Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda e luta para instaurar um Estado islâmico de corte wahhabista na Somália, foi incluída em março de 2008 na lista de organizações consideradas terroristas pelo governo americano.