Topo

Tribunal confirma indiciamento de presidenciável argentino por espionagem

David Fernández/Efe
Imagem: David Fernández/Efe

Em Buenos Aires

14/07/2015 21h42

Um tribunal da Argentina confirmou nesta terça-feira (14) o indiciamento do prefeito de Buenos Aires e pré-candidato presidencial, Mauricio Macri, em uma causa por supostas escutas telefônicas ilegais, informaram fontes judiciais.

A Sala I da Câmara Federal rejeitou por maioria retirar o nome do chefe de governo portenho na causa na qual está sendo processado por supostas escutas ilegais.

O tribunal confirmou desta maneira uma decisão do juiz federal Sebastián Casanello, que em dezembro passado também se recusou a poupar Macri.

Casanello mantém assim o processo sobreo o prefeito e líder da força opositora Proposta Republicana, mas ainda não o enviou a julgamento oral, como foi feito com outros envolvidos nesta causa, à espera de medidas de prova, como informação requerida aos Estados Unidos sobre empresas de segurança mencionadas na investigação.

O polêmico caso de espionagem foi revelado em outubro de 2009, quando foram divulgadas supostas práticas de escutas ilegais sobre Sergio Burstein, parente de uma vítima do atentado terrorista contra a associação mutual judia Amia (ocorrido em 18 de julho de 1994), por parte do ex-chefe da Polícia Metropolitana de Buenos Aires, Jorge Palacios.

Tanto Palacios como o antigo agente federal Ciro James estão indiciados desde o final de 2009 e agora esperam ser submetidos a julgamento oral por "intervenção indevida das comunicações".

James teria sido contratado pelo Ministério da Educação portenho durante a gestão de Mariano Narodowski à frente dessa pasta, um ex-funcionário que também foi processado nesta causa e que também enfrentará julgamento oral.

Os investigadores do caso encontraram informação sobre a suposta espionagem ilegal em computadores apreendidos em uma agência de segurança controlada por Palacios.