Por casamento proibido, jovens indianos cortam pescoço um do outro no Taj Mahal
Um jovem hindu e sua namorada muçulmana estão internados em estado grave em um hospital do norte da Índia após cortarem o pescoço um do outro nas imediações do Taj Mahal, em uma tentativa de suicídio motivado pela oposição de suas famílias à relação, segundo recolheu nesta quinta-feira (16) a imprensa indiana.
"Shabnam e eu tratamos arduamente de convencer nossos pais que deveriam permitir que nos casássemos, mas as fronteiras religiosas seguiam sendo o maior obstáculo", explicou o jovem Rajveer Singh ao juiz adicional de instrução de Agra, M.P. Singh, segundo o jornal "Times of Índia".
O casal tentou se suicidar em um jardim situado a apenas 500 metros do famoso Taj Mahal (em Agra, norte da Índia) e frequentado por turistas estrangeiros e nacionais pelas vistas que oferece desse famoso monumento, considerado um símbolo do amor.
Os guardas de segurança do recinto encontraram os jovens no meio de uma poça de sangue e os levaram a um hospital da zona, onde permanecem internados em estado grave, segundo publicou o jornal.
Na Índia, sobretudo nas áreas rurais, são frequentes os casamentos arrumados e os pais, caso os filhos queiram escolher o par, costumam vetar candidatos de diferente religião ou de castas mais baixas.
Os crimes de honra contra casais inter-religiosos ou de castas distintas são relativamente frequentes no país, onde também não são raros os castigos de conselhos tribais ou "khap panchayat" àqueles que desafiam a tradição no casamento.
O Taj Mahal, um dos monumentos mais visitados do mundo, foi construído pelo imperador mongol Shah Jahan entre 1632 e 1654 como mausoléu para sua esposa favorita, Mumtaz Mahal, que morreu no parto de uma de suas filhas.
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