Tem greve de ônibus em SP nesta quarta (3/7)? O que se sabe da paralisação

Trabalhadores do Sindicato dos Motoristas aprovaram a realização de uma greve de ônibus na cidade de São Paulo nesta quarta-feira (3). A paralisação foi decidida em assembleia realizada na última sexta-feira (28) e confirmada na tarde desta terça (2).

O que aconteceu

A greve foi aprovada inicialmente na sexta-feira (28). Em uma assembleia com mais de cinco mil trabalhadores na rua em frente ao SMTTRUSP (Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo), a paralisação nesta quarta-feira (3) foi aprovada por unanimidade.

Nesta terça-feira (2), duas reuniões foram realizadas. A primeira delas, às 10h, foi uma reunião técnica solicitada pela SPTrans e mediada pelo Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCMSP), buscando informações técnicas a partir de uma análise dos contratos de Concessão do Transporte Coletivo de Passageiro frente às demandas dos trabalhadores. Representantes da Câmara Municipal, do Tribunal Regional do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho também foram convocados.

A segunda reunião foi feita entre o SMTTRUSP e o sindicato patronal. O encontro com o SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo) foi pedido pelos trabalhadores para acertar novas propostas de reajuste salarial e alterações na carga horária.

Não houve acordo entre os representantes. De acordo com a Folha de S. Paulo, a greve foi confirmada em uma plenária dos trabalhadores realizada nesta terça. A Justiça exigiu que os ônibus devem funcionar com 100% da frota em horário de pico.

Quais são as reivindicações dos trabalhadores?

A principal reivindicação dos trabalhadores é a redução da jornada de trabalho. Os representantes da categoria pedem que a carga horária seja reduzida para 6,5 horas trabalhadas com mais 30 minutos remunerados. "Este é o carro-chefe das demandas da categoria", disse a assessoria do SindMotoristas.

Na lista de demandas, também estão também: reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real; cesta básica de qualidade; correção do Programa de Participação nos Resultados (PPR) de R$ 1.200 para R$ 2.000; e melhorias no vale-refeição, no seguro de vida, nos convênios médico e odontológico, além de revisão dos valores do auxílio funeral.

Quais linhas de ônibus podem ser afetadas com a greve?

De acordo com o sindicato, a paralisação envolveria "todas as empresas de ônibus urbano da cidade". Em seu site, o SMTTRUSP informou que até mesmo trabalhadores de administração e fiscalização devem cruzar os braços nesta quarta-feira.

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