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EUA consideram que Turquia pode atacar curdos do PKK após "provocações"

Em Washington

28/07/2015 19h02

Os Estados Unidos afirmaram nesta terça-feira (28) que a Turquia tem o direito de atacar os separatistas curdos do PKK (Partido dos Trabalhadores de Curdistão) no Iraque, em resposta à morte de soldados e policiais turcos.

Funcionários do alto escalão do governo americano indicaram hoje que o PKK, considerado um grupo terrorista pelos EUA, foi o responsável por provocar a Turquia com o ataque contra as forças de segurança turcas.

No entanto, as fontes americanas comentaram que isso não mudará o apoio dos EUA a outras forças curdas, que atuam na Síria e no Iraque e contribuem para a luta contra o EI (Estado Islâmico).

"A Turquia tem o direito de se defender e apoiamos totalmente as ações contra o PKK, já que o PKK provocou e atacou turcos em solo turco", afirmou um alto funcionário americano.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, deu por rompido o processo de paz iniciado em 2013 contra os separatistas do PKK e pediu à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) apoio para garantir sua integridade territorial.

Os Estados Unidos também fizeram questão de marcar as diferenças entre o PKK e outras facções curdas na Síria e no Iraque, que são aliadas dos EUA e cruciais para a luta contra os jihadistas sunitas do EI.

Além disso, os EUA disseram hoje que as tensões e os ataques turcos contra o PKK, "não têm nada a ver" com sua guerra contra os jihadistas do EI, na qual Washington vai intensificar sua campanha no norte da Síria após firmar um acordo para utilizar bases aéreas na Turquia.

Os funcionários americanos confirmaram que vão coordenar com a Turquia a criação de uma "área de segurança" no norte da Síria, sem a presença das forças do Estado Islâmico.

Com esse objetivo, os americanos manterão contatos com a Turquia para determinar quais serão as forças de oposição ao governo sírio de Bashar al Assad que deverão tomar o controle no terreno dessa área.

A "área de segurança" se estende ao longo de aproximadamente 100 quilômetros na fronteira da Turquia com a Síria, em um dos trechos fronteiriços ainda controlados pelo EI.

Segundo os funcionários americanos, "será estipulado mutuamente com a Turquia" quais forças ocuparão a nova área de segurança.

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