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Justiça condena 5 à morte na Índia por atentado a trens em Mumbai em 2006

Policiais escoltam um dos cinco acusados pelos atentados em Mumbai em 2006, antes de decisão que os condenou à morte - Divyakant Solanki/Efe
Policiais escoltam um dos cinco acusados pelos atentados em Mumbai em 2006, antes de decisão que os condenou à morte Imagem: Divyakant Solanki/Efe

Em Nova Délhi

30/09/2015 08h15

Um tribunal na Índia condenou cinco pessoas à pena de morte e sete a prisão perpétua por conspiração e assassinato, pelos atentados com bomba em sete trens em Mumbai em 2006, que deixaram 189 mortos e 817 feridos.

O juiz Yatin Shinde pronunciou as sentenças duas semanas após considerar culpados 12 dos 13 acusados e absolver um, depois de quase oito anos de julgamento e depoimentos de 243 testemunhas, informou a agência indiana PTI.

O promotor especial do caso, Racha Thackeray, chamou os acusados de "mercadores da morte". Ele tinha pedido a pena capital para oito deles.

Os advogados de defesa argumentaram que os acusados foram meros executores, mas que não planejaram o ataque, em uma tentativa de evitar a pena de morte. Ele já anunciou que apelará da sentença.

Os autores do ataque, ocorrido em 11 de julho de 2006, puseram explosivos em panelas de pressão e sincronizaram as explosões com temporizadores de quartzo. As bombas explodiram em um intervalo de apenas 15 minutos.

A Índia culpou o grupo paquistanês Lashkar-el-Toiba (LeT) pelo atentado, o que foi negado pelo Paquistão.

A Índia aplica a pena de morte só "no mais extraordinário dos extraordinários dos casos", e executou seu último réu em julho, por um atentado que matou 257 pessoas em Mumbai em 1993, na primeira aplicação da forca desde 2013.