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Rússia diz que bombardeios contra jihadistas são coordenados com a Síria

01/10/2015 07h53

Moscou, 1 out (EFE).- Os alvos dos ataques aéreos russos contra as posições dos jihadistas na Síria são decididos em coordenação com o Ministério da Defesa sírio, afirmou nesta quinta-feira o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, após garantir que os ataques da aviação russa são voltados exclusivamente contra grupos extremistas.

Peskov respondeu assim às acusações da oposição moderada síria, que afirma que os primeiros bombardeios russos mataram na quarta-feira mais de 30 civis em territórios onde os jihadistas não estão presentes.

"É preciso ter muito cuidado com todas as informações que surgem atualmente, porque muitas vezes são tergiversadas e falsas", ressaltou Peskov.

O porta-voz afirmou não ter ouvido as declarações do embaixador da Arábia Saudita na ONU, Abdallah al Mouallimi, que segundo a imprensa internacional acusou ontem Moscou de ter matado civis inocentes, ao bombardear regiões na província síria de Homs, e exigiu a cessação dos ataques aéreos russos.

Ao mesmo tempo, acrescentou que "ainda é muito breve" para avaliar as primeiras ações militares russas no país árabe.

A Rússia informou que seus aviões de guerra realizaram ontem oito ataques contra alvos do Estado Islâmico (EI) na Síria, mas negou efeitos colaterais entre a população civil.

Previamente, o presidente da opositora Coalizão Nacional Síria, Khaled Joia, afirmou que os bombardeios russos no norte da província síria de Homs causaram a morte de 36 civis.

O Senado da Rússia autorizou o uso das forças aéreas russas na Síria a pedido do presidente russo, Vladimir Putin, que por sua vez tinha recebido um pedido de ajuda militar por escrito do líder sírio, Bashar al Assad.

Em seu primeiro discurso na Assembleia Geral da ONU, depois de dez anos de ausência, Putin considerou um "grave erro" não ajudar Assad em sua luta contra os jihadistas.