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Manifestação pede renúncia do governo da Romênia após tragédia em boate

Octav Ganea/Inquam Photos/Reuters
Imagem: Octav Ganea/Inquam Photos/Reuters

Em Bucareste

03/11/2015 18h19

Mais de 13 mil pessoas pediram nesta terça-feira (3) a renúncia coletiva do governo da Romênia pelo incêndio de uma boate de Bucareste na última sexta-feira (30), que terminou com a morte de 32 pessoas e quase 200 feridos.

Uma manifestação organizada na rede social Facebook com o objetivo de exigir a saída do prefeito do setor quatro da capital romena, Cristian Popescu Piedone, se transformou em protesto contra o Executivo, liderado pelo primeiro-ministro Victor Ponta.

Os manifestantes relacionaram a luta contra a corrupção do governo com a tragédia e a falta de inspeções de segurança por parte das autoridades.

Após protestarem durante uma hora no Palácio Victoriei, sede do governo, eles foram em direção ao Ministério do Interior para pedir a cassação do responsável pela pasta, Gabriel Oprea.

Ainda na Praça Victorie, uma multidão aplaudiu um caminhão de bombeiros em sinal de agradecimento pelo trabalho durante o resgate das 400 pessoas que assistiam a um show de um grupo romeno de rock na boate Colectiv, uma antiga fábrica de sapatos na época comunista.

Foi durante o evento no local, que não tinha permissão para organizar esse tipo de espetáculo, que um artefato pirotécnico provocou o desastre. Algumas testemunhas afirmaram que a boate não tinha saídas de emergência e que materiais inflamáveis tinham sido usados para bloquear a saída de som.

As autoridades temem que o número de mortos possa aumentar, já que 90 dos feridos seguem em estado crítico. Além de apresentar graves queimaduras, muitos deles sofreram lesões provocadas pela correria e outros inalaram bastante fumaça.

O presidente da Romênia, Klaus Iohannis, afirmou no último fim de semana que erros de segurança provocaram o incêndio.