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Bombardeios no nordeste da Síria deixam 29 mortos e dezenas de feridos

23/01/2016 14h01

Beirute, 23 jan (EFE).- Pelo menos 29 pessoas morreram neste sábado, entre elas sete menores de idade, por bombardeios de aviões de guerra na periferia da cidade nordeste síria Deir ez Zor, onde o grupo terrorista Estado Islâmico (EI) lançou uma ofensiva, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

A ONG afirmou que aviões, que não se sabe se eram da Rússia ou do regime sírio, efetuaram vários ataques contra a cidade de Jasham, ao sudeste de Deir ez Zor.

A fonte não descartou que o número de mortos aumente porque há dezenas de feridos, alguns em estado grave.

Com estas vítimas mortais, aumenta para 73 o saldo de mortos desde sexta-feira por bombardeios nas localidades de Jasham, Tabia Jazira e Al Bulail, todas elas no leste da província de Deir ez Zor, segundo a apuração do Observatório.

Em declarações à Agência Efe pela internet, o diretor-executivo da rede de ativistas Deir ez Zor 24, Omar Abu Leila, elevou o número de mortos hoje em Jasham para 50, dos quais 21 já foram identificados, e 65 feridos.

Abu Leila apontou que foi a aviação russa a autora do ataque contra zonas civis nessa população.

O ativista acrescentou que a força aérea da Rússia lançou hoje também vários bombardeios contra as povoações de Al Bulail, Al Mayadin, Al Quria, Al Jarida e o monte de Al Hayif, que foi conquistado pelo EI esta semana.

Abu Leila lamentou que os ataques aéreos não têm como alvo as áreas onde há enfrentamentos entre o regime e os jihadistas no oeste de Deir ez Zor, mas zonas do leste da província.

Há uma semana, os radicais iniciaram uma ofensiva desde o arredor noroeste da cidade de Deir ez Zor para tomar com o domínio dos territórios que ainda controla o regime nessa região.

As autoridades conservam em suas mãos o aeroporto militar de Deir ez Zor, os bairros de Al Yura e Al Qusur e o quartel da Brigada 137 do Exército, todos eles no oeste da cidade, onde calcula-se que há entre 250 mil e 300 mil pessoas cercadas há mais de um ano pelos jihadistas.

O EI proclamou no final de junho de 2014 um califado na Síria e Iraque, onde conquistou partes do norte e o centro de ambos países. EFE

ssa/ff