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OEA enviará missão de mediação ao Haiti após pedido de presidente do país

27/01/2016 22h27

Washington, 27 jan (EFE).- A Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta quarta-feira o envio de uma missão especial para mediar a crise política e social do Haiti, uma medida solicitada pelo presidente do país, Michel Martelly, para "preservar a institucionalidade democrática".

A decisão foi tomada após uma reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA que durou quatro horas. Apesar de não ter havido votação, o presidente do órgão concluiu que existia um consenso para atender a solicitação do governo haitiano.

O representante da Venezuela e de governos aliados de Caracas, como a Nicarágua, criticaram a decisão da OEA. Por outro lado, ministros das Relações Exteriores e chefes de governo de 32 dos 34 países da entidade estão debatendo o mesmo assunto na IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), que teve início hoje em Quito, capital do Equador.

Martelly pediu a Almagro, durante uma conversa por telefone, a convocação da reunião extraordinária para votar o envio de uma missão de mediação ao Haiti, uma solicitação que foi repassada ao Conselho pelo embaixador do país na entidade, Bocchit Edmond.

Edmond pediu "solidariedade" aos outros 33 países que formam a OEA para que o Haiti não caia "no vazio institucional e em uma situação de caos". "Isso não é um chamado à ingerência ou a interferência, mas um pedido de solidariedade. Pedimos ajuda para preservar a institucionalidade democrática", explicou o diplomata.

Expressaram apoio ao pedido haitiano os 14 países que integram a Comunidade do Caribe (Caricom), além de México, Peru, Costa Rica e Canadá. Estados Unidos, Chile e Colômbia foram menos explícitos, mas sinalizaram que, caso houvesse consenso para a missão, concordariam com a decisão.

Por outro lado, Brasil, Venezuela, Nicarágua, Honduras e Equador mostraram rejeição ao fato de a OEA votar hoje o envio da missão, já que a Celac está debatendo o mesmo assunto em um nível de chefes de Estado e chanceleres na cúpula de Quito.

A reunião teve um recesso de uma hora, pedido pelo Paraguai, para que os representantes pudessem consultar os respectivos ministérios das Relações Exteriores. Algumas delegações, como a do Brasil, alegaram não estar preparadas para tomar uma decisão porque, na convocação do Conselho Permanente, foi dito que a reunião seria apenas sobre o relatório da missão eleitoral da OEA no Haiti.

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