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Hillary e Sanders prometem acabar com deportação de imigrantes ilegais

Pré-candidatos asseguraram que não deportarão crianças nem seus familiares que não tenham cometido crimes - Javier Galeano/Reuters
Pré-candidatos asseguraram que não deportarão crianças nem seus familiares que não tenham cometido crimes Imagem: Javier Galeano/Reuters

Em Washington

10/03/2016 02h21

Os pré-candidatos à indicação do Partido Democrata para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, Bernie Sanders e Hillary Clinton, se comprometeram nesta quarta-feira (9) a não deportar crianças, nem imigrantes ilegais que não tenham cometido crimes, e fizeram questão de marcar suas diferenças em relação à política do presidente Barack Obama nesse campo.

Em um debate organizado conjuntamente pela emissora "Univisión" e o jornal "The Washington Post", Sanders e Hillary asseguraram que se forem eleitos presidentes, não deportarão os menores, nem seus familiares que não tenham cometido crimes.

"Minha prioridade é deportar criminosos violentos", afirmou a ex-secretária de Estado, que se distanciou da linha de Obama ao indicar que "não concorda" com as políticas migratórias do "atual governo", evitando citar diretamente o presidente.

Sanders, por sua vez, lamentou que Obama "esteja errado na questão das deportações" e disse que está "em desacordo" com ele.

Obama recebeu várias críticas recentemente por parte de organizações latinas e pró-imigrantes pelas batidas contra imigrantes ilegais que aumentaram desde o princípio do ano e que afetam a comunidade hispânica de maneira especial.

Também em matéria de imigração, Hillary voltou a lembrar que seu rival votou em 2007 contra uma proposta de reforma migratória no Senado promovida pelo então senador Ted Kennedy, enquanto ela, que era senadora por Nova York, a apoiou.

"Acredito que a maior oportunidade de levar em frente uma reforma migratória integral foi na proposta de 2007. Eu votei a favor, Sanders contra. Que a medida promovia o trabalho escravo (como alegou Sanders) foi uma das muitas desculpas usadas para votar contra", disse a ex-secretária de Estado.

Em resposta a essa questão, Sanders lembrou que grandes associações latinas também se posicionaram contra a proposta migratória em 2007, ao compartilhar com ele seus temores de que esta amparava a falta de proteção e a exploração laboral dos imigrantes.