Grécia vive primeiro dia sem entrada de refugiados
Atenas, 24 mar (EFE).- Após o início do acordo migratório entre a União Europeia (UE) e Turquia, hoje é o primeiro dia em que a Grécia não registrou novas chegadas, uma situação que pode ser motivada pelos ventos que castigaram o Mar Egeu.
O Conselho Governamental, que administra a crise dos refugiados, advertiu que a queda na quantidade de chegadas pode ter origem nas fortes tempestades.
Nos últimos dias, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, manteve conversas com líderes europeus e com a Otan e expressou sua insatisfação pela pouca aplicação por parte da Turquia do acordo para reduzir os fluxos migratórios e a pouca eficácia da operação da Aliança Atlântica no Egeu. O total de migrantes e refugiados nas ilhas às 7h30 (horário local) era de 3.924, um número consideravelmente inferior a dias passados.
O número de refugiados na Grécia reduziu de 49 mil pessoas ontem a 48.795 hoje. Hoje foram devolvidos, através da fronteira do norte da Grécia com a Turquia, 76 migrantes considerados econômicos, no marco do acordo bilateral Grécia-Turquia e do pacto entre a UE e a Turquia. Desde janeiro, 673 imigrantes irregulares foram devolvidos, a maioria marroquinos.
A maioria dos refugiados da região de Ática está no porto de Pireu, com 4.770 pessoas. Muitos deles, após os ataques terroristas em Bruxelas e perante a evidência das fronteiras fechadas, mostraram interesse em retornar a seus países de origem, segundo a imprensa local.
A Associação de Advogados do Pireu pretende realizar sessões informativas nas quais advogados voluntários, com a ajuda de tradutores, explicarão aos refugiados os trâmites para retornar a seus países e como acessar os centros de alojamento temporário. A confusão aumentou entre os refugiados após conhecer o acordo entre a UE e Turquia e, especialmente, após os ataques terroristas na Bélgica na terça-feira passada.
A porta-voz do Syriza, Rania Svingou, defendeu hoje que os refugiados e o terrorismo não estão relacionados, já que "eles mesmos foram expulsos de suas casas pelos terroristas fundamentalistas". No entanto, também há vozes contrárias, como o bispo Ambrosios, da cidade de Calávrita, no leste do Peloponeso, que disse que os refugiados não são bem-vindos na Grécia porque seus costumes são "incompatíveis".
"Não gostamos de sua cultura. Não aceitamos sua religião", escreveu o bispo em seu blog.
Enquanto isso, os refugiados que se espalham por toda a Grécia, em campos organizados ou em áreas improvisadas como Idomeni e o porto do Pireu, continuam protestando contra o fechamento das fronteiras. No centro de Salonica, a segunda maior cidade do país, um grupo de refugiados e imigrantes realizou um protesto hoje. Os manifestantes carregavam cartazes nas quais era possível ler mensagens como "Campos de concentração nunca e em nenhum lugar".
Carregados com mochilas e sacos de dormir, a intenção do grupo é permanecer na Praça Aristotelous, em pleno centro, durante um ou dois dias, reivindicando a abertura da fronteira.
O Conselho Governamental, que administra a crise dos refugiados, advertiu que a queda na quantidade de chegadas pode ter origem nas fortes tempestades.
Nos últimos dias, o primeiro-ministro, Alexis Tsipras, manteve conversas com líderes europeus e com a Otan e expressou sua insatisfação pela pouca aplicação por parte da Turquia do acordo para reduzir os fluxos migratórios e a pouca eficácia da operação da Aliança Atlântica no Egeu. O total de migrantes e refugiados nas ilhas às 7h30 (horário local) era de 3.924, um número consideravelmente inferior a dias passados.
O número de refugiados na Grécia reduziu de 49 mil pessoas ontem a 48.795 hoje. Hoje foram devolvidos, através da fronteira do norte da Grécia com a Turquia, 76 migrantes considerados econômicos, no marco do acordo bilateral Grécia-Turquia e do pacto entre a UE e a Turquia. Desde janeiro, 673 imigrantes irregulares foram devolvidos, a maioria marroquinos.
A maioria dos refugiados da região de Ática está no porto de Pireu, com 4.770 pessoas. Muitos deles, após os ataques terroristas em Bruxelas e perante a evidência das fronteiras fechadas, mostraram interesse em retornar a seus países de origem, segundo a imprensa local.
A Associação de Advogados do Pireu pretende realizar sessões informativas nas quais advogados voluntários, com a ajuda de tradutores, explicarão aos refugiados os trâmites para retornar a seus países e como acessar os centros de alojamento temporário. A confusão aumentou entre os refugiados após conhecer o acordo entre a UE e Turquia e, especialmente, após os ataques terroristas na Bélgica na terça-feira passada.
A porta-voz do Syriza, Rania Svingou, defendeu hoje que os refugiados e o terrorismo não estão relacionados, já que "eles mesmos foram expulsos de suas casas pelos terroristas fundamentalistas". No entanto, também há vozes contrárias, como o bispo Ambrosios, da cidade de Calávrita, no leste do Peloponeso, que disse que os refugiados não são bem-vindos na Grécia porque seus costumes são "incompatíveis".
"Não gostamos de sua cultura. Não aceitamos sua religião", escreveu o bispo em seu blog.
Enquanto isso, os refugiados que se espalham por toda a Grécia, em campos organizados ou em áreas improvisadas como Idomeni e o porto do Pireu, continuam protestando contra o fechamento das fronteiras. No centro de Salonica, a segunda maior cidade do país, um grupo de refugiados e imigrantes realizou um protesto hoje. Os manifestantes carregavam cartazes nas quais era possível ler mensagens como "Campos de concentração nunca e em nenhum lugar".
Carregados com mochilas e sacos de dormir, a intenção do grupo é permanecer na Praça Aristotelous, em pleno centro, durante um ou dois dias, reivindicando a abertura da fronteira.
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