PGR se manifesta contra soltar general acusado de planejar morte de Lula
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se manifestou nesta terça-feira (24) contra um pedido da defesa do general da reserva Mário Fernandes para trocar a prisão preventiva do militar por medidas cautelares. Ele é acusado de ter planejado o assassinato do presidente Lula (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e do ministro do STF Alexandre de Moraes.
O que aconteceu
Para Gonet, liberdade do general poderia representar "risco concreto à ordem pública". Segundo o PGR, a decisão que determinou a prisão de Fernandes foi bem fundamentada, e o fim da prisão preventiva poderia atrapalhar as investigações, dada a posição de autoridade do general diante em relação aos outros envolvidos.
A recomendação da PGR ajuda a embasar decisão do STF. A decisão de aceitar ou não o recurso, ao fim, cabe ao relator do caso no Supremo, Alexandre de Moraes, que ainda não se manifestou.
Mario Fernandes foi preso no último dia 19, acusado de participar de trama golpista. A investigação da PF aponta que ele seria um dos militares mais radicais, envolvido no planejamento de uma operação chamada "Punhal Verde Amarelo", que cogitava o assassinato de autoridades para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder após a derrota nas eleições de 2022.
Ele já havia sido alvo de mandado de busca e apreensão em fevereiro deste ano. Foi ao analisar os materiais apreendidos nessa operação, incluindo o celular pessoal dele e dispositivos eletrônicos, como um HD externo, a PF se deparou com o arquivo com o plano de assassinato e um documento que criaria um "gabinete de crise" após a conclusão das ações.
PGR também se manifestou contra soltura de Walter Braga Netto. Na última sexta (20), Gonet recomendou manter a prisão do general acusado de tentar interferir na investigação da tentativa de golpe de Estado.
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