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Kerry diz que EI ataca Europa por estar perdendo espaço no Iraque e na Síria

25/03/2016 10h38

Bruxelas, 24 mar (EFE).- O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, afirmou nesta sexta-feira, em Bruxelas, que o Estado Islâmico (EI) está promovendo ataques na Europa porque está perdendo territórios, líderes, soldados e capacidade de financiamento no Iraque e na Síria, países onde autoproclamou um califado.

"A verdadeira razão pela qual o EI está recorrendo a ações fora do Oriente Médio é porque sua fantasia de califado está desabando na frente de seus olhos. Seu território está diminuindo dia a dia, seus líderes estão sendo dizimados, suas fontes de financiamento desaparecendo e seus soldados estão fugindo", ressaltou Kerry.

O secretário de Estado americano deu as declarações após se reunir com o primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, para analisar as consequências do duplo atentado da última terça-feira em Bruxelas, onde 31 pessoas morreram e mais de 300 ficaram feridas.

Kerry ressaltou, além disso, que nenhum governo do mundo apoia o EI e apontou que entre as vítimas mortais do último atentado jihadista havia cidadãos americanos.

O chefe da diplomacia americana indicou que, além da solidariedade e o apoio dos Estados Unidos, o governo belga pode contar com "toda a assistência" de Washington para investigar e levar os responsáveis por esses "fatos desprezíveis" à Justiça.

Para Kerry, a tarefa de acabar com o EI é um projeto de longo prazo que requer grande esforço e cooperação intergovernamental. "Teremos sucesso destruindo o EI e recuperando uma sensação de tranquilidade e paz nas sociedades que perseguem exatamente isso em sua vida diária", ressaltou.

Apesar do golpe que ataques como os de Paris, Bruxelas, Ancara, Tunís e San Bernardino representaram, Kerry disse que a coalizão internacional "não se deixará intimidar" e voltará com maior "resolução e força" para eliminar o EI.

O secretário de Estado americano também se reunirá com o rei Felipe da Bélgica e com o ministro das Relações Exteriores do país, Didier Reynders, antes de visitar o aeroporto de Zaventem, um dos alvos do duplo atentado em Bruxelas.