Terrorista lamenta envolvimento em atentados de Paris, diz irmão
Paris, 2 abr (EFE).- Salah Abdeslam chegou a vestir um cinto de explosivos com o qual devia fazer o mesmo que outros terroristas suicidas do atentado de Paris em 13 de novembro, mas "voluntariamente" o deixou para trás e agora lamenta seu envolvimento nos fatos, segundo seu irmão Mohammed.
Em entrevista à rádio "France Info" e à televisão "BFM TV" após visitar ontem Salah na prisão de Bruges, Mohammed Abdeslam insistiu que seu irmão assegura que não tem nada que ver com a organização dos ataques jihadistas de Bruxelas de 22 de março.
Salah afirmou que se inteirou desses atentados "porque tem uma televisão em sua cela" da prisão, onde espera sua entrega à França nos próximos dias, depois que ele mesmo desistiu de resistir à mudança.
Segundo Mohammed, no atentado de Paris, no qual Salah participou e que deixou 130 mortos e centenas de feridos, poderia "ter mais vítimas se seu irmão quisesse, mas felizmente mudou de ideia".
Além disso, Salah nega ter sido o responsável dos atentados, como apontaram os investigadores franceses.
Por isso, sustenta que agora "quer colaborar" com a justiça francesa porque tem que "prestar contas na França, mas não na Bélgica".
Se for confirmada, esta estratégia de defesa de Salah Abdeslam se choca com diversos elementos que puseram em evidência os vínculos entre as células que cometeram os ataques de Paris e os de Bruxelas.
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