Unicef alerta que 69 milhões de crianças correm risco de morte até 2030
Nova York, 27 jun (EFE).- Segundo as tendências atuais, até 69 milhões de crianças menores de cinco anos podem morrer até 2030 devido a causas evitáveis e 167 milhões viverão na pobreza, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira pelo Unicef.
O documento "Estado Mundial da Infância" indica que até 2030, data limite para os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, as crianças em situação de vulnerabilidade serão alvo de fatores como "pobreza, analfabetismo e morte prematura".
A agência da ONU também projeta neste relatório que, até esse ano, cerca de 750 milhões de mulheres terão se casado ainda quando meninas.
Para evitar esse futuro devastador, o Unicef pediu que os líderes mundiais e governos de cada país se comprometam a focar nos grupos de crianças mais vulneráveis para reverter esta situação.
"Apesar dos avanços nas últimas décadas, um grande número de crianças ficou para trás, por isso temos que manter este progresso, mas focando nos mais desfavorecidos", explicou Ted Chaiban, o diretor de programas do Unicef.
Chaiban, que apresentou as novidades do relatório junto ao diretor-executivo adjunto da entidade, Justin Forsyth, declarou que seria "um erro para a nossa sociedade" não prestar atenção aos menores que sofrem o pior da desigualdade.
"As crianças mais pobres têm o dobro de probabilidades que os mais ricos de morrer antes de completar cinco anos e de sofrer desnutrição crônica", afirmou o estudo.
As zonas geográficas que mais sofrem esta lacuna de desigualdade entre crianças ricas e pobres são Ásia Meridional e África Subsaariana, onde o acesso dos menores à escola primária é inalcançável para muitas famílias.
De acordo com o Unicef, na África Subsaariana há 247 milhões de crianças que vivem em situação de "pobreza multidimensional". Nessa região, dentro da quinta parte mais pobre da população, quase 60% dos jovens entre 20 e 24 anos teve menos de quatro anos de escolaridade.
Se a situação não virar rumo a um futuro mais promissor, o Unicef projeta que, para 2030, 9 de cada 10 crianças viverão na pobreza extrema na África Subsaariana, e mais da metade das crianças em idade escolar primária dessa região não poderão sequer ter acesso à escola.
"Instamos aos governos nacionais que desenvolvam planos governamentais para colocar em primeiro lugar as crianças deixadas para trás", disse Justin Forsyth.
Por outro lado, esta situação de risco não apenas "ameaça" o porvir das crianças, mas põe em perigo "o futuro de suas sociedades", disse em comunicado o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake.
De acordo com a organização, cerca de 124 milhões de crianças não recebem hoje em dia o ensino primário nem médio, e quase 2 a cada 5 alunos que terminam o ensino básico não aprenderam a ler ou escrever.
"Temos uma opção: investir agora nestas crianças ou permitir que o nosso mundo seja ainda mais desigual e esteja mais dividido", ressaltou Lake.
O documento "Estado Mundial da Infância" indica que até 2030, data limite para os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas, as crianças em situação de vulnerabilidade serão alvo de fatores como "pobreza, analfabetismo e morte prematura".
A agência da ONU também projeta neste relatório que, até esse ano, cerca de 750 milhões de mulheres terão se casado ainda quando meninas.
Para evitar esse futuro devastador, o Unicef pediu que os líderes mundiais e governos de cada país se comprometam a focar nos grupos de crianças mais vulneráveis para reverter esta situação.
"Apesar dos avanços nas últimas décadas, um grande número de crianças ficou para trás, por isso temos que manter este progresso, mas focando nos mais desfavorecidos", explicou Ted Chaiban, o diretor de programas do Unicef.
Chaiban, que apresentou as novidades do relatório junto ao diretor-executivo adjunto da entidade, Justin Forsyth, declarou que seria "um erro para a nossa sociedade" não prestar atenção aos menores que sofrem o pior da desigualdade.
"As crianças mais pobres têm o dobro de probabilidades que os mais ricos de morrer antes de completar cinco anos e de sofrer desnutrição crônica", afirmou o estudo.
As zonas geográficas que mais sofrem esta lacuna de desigualdade entre crianças ricas e pobres são Ásia Meridional e África Subsaariana, onde o acesso dos menores à escola primária é inalcançável para muitas famílias.
De acordo com o Unicef, na África Subsaariana há 247 milhões de crianças que vivem em situação de "pobreza multidimensional". Nessa região, dentro da quinta parte mais pobre da população, quase 60% dos jovens entre 20 e 24 anos teve menos de quatro anos de escolaridade.
Se a situação não virar rumo a um futuro mais promissor, o Unicef projeta que, para 2030, 9 de cada 10 crianças viverão na pobreza extrema na África Subsaariana, e mais da metade das crianças em idade escolar primária dessa região não poderão sequer ter acesso à escola.
"Instamos aos governos nacionais que desenvolvam planos governamentais para colocar em primeiro lugar as crianças deixadas para trás", disse Justin Forsyth.
Por outro lado, esta situação de risco não apenas "ameaça" o porvir das crianças, mas põe em perigo "o futuro de suas sociedades", disse em comunicado o diretor-executivo do Unicef, Anthony Lake.
De acordo com a organização, cerca de 124 milhões de crianças não recebem hoje em dia o ensino primário nem médio, e quase 2 a cada 5 alunos que terminam o ensino básico não aprenderam a ler ou escrever.
"Temos uma opção: investir agora nestas crianças ou permitir que o nosso mundo seja ainda mais desigual e esteja mais dividido", ressaltou Lake.
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