EUA vivem nova noite de protestos pela violência policial contra negros
Centenas de pessoas saíram nesta segunda-feira (11) às ruas das principais cidades dos Estados Unidos pela quinta noite consecutiva para protestar contra as mortes de afro-americanos nas mãos da polícia.
O protesto em Atlanta (Geórgia) foi um dos maiores e terminou com um saldo de 16 detidos, segundo fontes policiais ouvidas pelo "Atlanta Journal".
Apesar das prisões, os manifestantes não cancelaram a passeata que chegou até o prefeito, Kasim Reed, e o chefe da polícia local, George Turner, para iniciar um diálogo com o objetivo de resolver suas demandas.
Precisamente em Atlanta, a polícia demitiu nesta segunda um de seus integrantes por ter assassinado no mês passado um afro-americano que estava desarmado.
A cidade de Chicago (Illinois) foi palco de outra das principais manifestações do dia em protesto pela morte na semana passada de dois negros em Baton Rouge (Louisiana) e Falcon Heights (Minnesota).
Os manifestantes em Chicago e Atlanta, assim como em Baton Rouge, Falcon Heights e outras cidades do país, participaram das passeatas convocadas pelo movimento "Black Lives Matter" (As Vidas dos Negros Importam), surgido há dois anos após a morte de outro afro-americano em Ferguson (Missouri).
Em Baltimore (Maryland), de maioria afro-americana, houve um tiroteio que deixou cinco feridos - incluindo quatro mulheres - durante uma vigília pela morte de um jovem no fim de semana.
Enquanto isso, o prefeito de Houston, Sylvester Turner, fez um apelo para "manter a paz" na cidade até que se esclareçam as circunstâncias da morte neste fim de semana de um jovem negro que, aparentemente, apontou uma arma aos policiais que realizaram os disparos.
O presidente dos EUA, Barack Obama, viajará hoje para o local onde um franco-atirador assassinou na última sexta-feira cinco policiais brancos em Dallas (Texas) durante uma manifestação pelas mortes em Baton Rouge e Falcon Heights.
Obama vai presidir hoje os funerais dos policiais e vai falar durante a cerimônia, enquanto na quarta-feira, terá uma reunião com representantes da sociedade civil e policiais para tratar da onda de violência no país.
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