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Rússia e Síria seguem bombardeando áreas controladas por opositores em Aleppo

25/09/2016 07h39

Cairo, 25 set (EFE).- Aviões da Rússia e da Síria mantêm neste domingo o bombardeio contra bairros do leste de Aleppo controlados por opositores ao regime do presidente do país, Bashar al Assad, enquanto os combates se intensificaram na parte norte da cidade.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que helicópteros do regime sírio lançaram barris explosivos sobre os bairros de Al Halak e Al Sajur. Além disso, aviões de combate, que não se sabe se eram russos ou sírios, bombardearam Al Ansari, Al Zabdia, Al Fardus, Al Moyasar e Bustan al Qasr, causando um número ainda indeterminado de vítimas.

Os vilarejos de Uram al Kubra e Al Atareb, ao oeste de Aleppo também foram alvo de ataques aéreos, que provocaram uma grande destruição de prédios e forçaram a fuga dos moradores da região.

Além disso, o Observatório explicou que seguem os combates entre as facções rebeldes e as forças leais ao regime sírio perto do campo de refugiados palestinos de Handarat, no nordeste da cidade.

Os enfrentamentos tiveram início depois de os insurgentes terem lançado na noite de ontem uma contraofensiva para recuperar o campo, que foi conquistado na manhã de sábado pelas tropas governamentais com o apoio de aviões da Rússia.

O campo de Handarat fica em uma posição estratégica que permitiria os soldados de Al Assad de diminuir o cerco aos bairros opositores de Aleppo e estabelecer uma nova rota de abastecimento.

Ontem, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse "consternado" pelos ataques em Aleppo e afirmou que foi um "dia negro" nos compromissos para proteger a vida dos civis.

Mais de 50 pessoas morreram ontem nos bombardeios contra vários bairros do leste de Aleppo, vítimas que se somam aos dezenas de falecidos nos ataques registrados na sexta-feira na ofensiva do regime de Al Assad contra a cidade, a segunda maior do país.

Os ministros das Relações Exteriores da Alemanha, Itália, Reino Unido e dos Estados Unidos pediram ontem que a Rússia demonstre sua vontade de salvar o cessar-fogo na Síria e que garanta que a ajuda humanitária chegue às zonas afetadas pelo conflito.

Os chanceleres também pediram que o Conselho de Segurança da ONU adote "novas medidas urgentes" para "fazer frente à brutalidade" do conflito sírio e, em particular, aos contínuos bombardeios em Aleppo.