Topo

Milícia xiita Multidão Popular se junta à batalha de Mossul

29/10/2016 09h32

Bagdá, 29 out (EFE).- A polêmica milícia xiita Multidão Popular, acusada de assassinatos extrajudiciais contra a população sunita em regiões dominadas pelos jihadistas, anunciou neste sábado que se uniu à batalha pela libertação de Mossul, após receber a incumbência por parte do primeiro-ministro Haider al Abadi.

O porta-voz da Multidão Popular, Ahmed al Asadi, anunciou que as tropas entraram esta manhã em combate na frente oeste de Mossul, onde até então nenhuma força iraquiana nem curdo-iraquiana participava da luta.

"Nesta manhã começou a segunda página das grandes operações no eixo ocidental da cidade de Mossul, na qual vossos filhos e irmãos da Multidão Popular recuperarão todas as zonas usurpadas e ocupadas há dois anos", disse Al Asadi.

Na parte leste de Mossul se situam grandes centros urbanos controlados pelos jihadistas como Al Hader, Tal Afar, Al Baach, Mahlabiya, entre outras.

Al Abadi anunciou antes do começo das operações militares contra Mossul que nem a Multidão Popular nem as forças de segurança curdas peshmergas entrariam na cidade de Mossul.

Segundo o primeiro-ministro, só entrarão no principal reduto do EI no Iraque os soldados do Exército iraquiano, as forças da luta antiterrorista, as polícias federal e local e a Multidão dos Clãs, uma milícia sunita formada por tribos da região.

O parlamento regional da província de Ninawa, cuja capital é Mossul, votou em junho passado contra a participação da Multidão Popular na batalha de Mossul.

A ofensiva contra a segunda maior cidade do Iraque e principal reduto do grupo Estado Islâmico no país começou no último dia 17 deste mês por três frentes - norte, sul e leste -, e desde então as forças iraquianas e da região autônoma do Curdistão recuperaram dezenas de locais dos jihadistas.