Investigação conclui que sacerdote encobriu casos de pedofilia na Austrália
Sydney (Austrália), 31 out (EFE).- O cardeal australiano George Pell, encarregado das finanças do Vaticano, e outros membros da Igreja Católica na Austrália encobriram casos de pedofilia, concluiu uma investigação entregue nesta segunda-feira à chamada Comissão Real da Resposta do Estado ao Abuso de Menores.
Os advogados Gail Furness, Angus Steward e Stephen Free são os autores do relatório, que classifica de "inaceitável a conduta de qualquer um que apoiou a mudança de (Gerald) Ridsdale, ou de qualquer sacerdote, sabendo das acusações de abusos sexuais que havia contra ele", segundo a emissora pública "ABC".
O cardeal Pell fez parte das pessoas que em 1982 assessoraram o bispo Ronalk Mulkearnas quando, como responsável da comunidade de Ballarat, se transferiu a Ridsdale sem denunciar as acusações à polícia.
O sacerdote Ridsdale foi condenado a oito anos de prisão em 2014 por abuso sexuais de menores entre 1961 e 1981, inclusive contra seu próprio sobrinho.
Pell exercia o papel de bispo auxiliar na arquidiocese de Melbourne durante a mudança do sacerdote Peter Searson, que se aproveitou das crianças nas décadas de 1980 e 1990 no estado de Victoria.
A investigação também narra o testemunho de Tim Green, uma das vítimas de Edward Dowlan no colégio Saint Patrick, que diz que denunciou a situação ao próprio Pell em 1974 e este o desprezou com um "não seja ridículo".
O cardeal australiano participou, além disso, na reintegração ao serviço de Paul David Ryan em 1980, apesar de seu conhecido passado pedófilo.
O documento exonera Pell das acusações de ter comprado o silêncio de uma vítima, de ter feito brincadeiras com os abusos de Ridsdale ou de ter fechado a porta na cara de um estudante que quis apresentar uma denúncia.
A Igreja Católica australiana se viu envolvida em várias acusações e investigações de abusos sexuais de menores nos últimos anos.
Em março, Pell lamentou não ter feito mais e admitiu que o século passado existia um mundo de encobrimento porque a sociedade não queria ouvir falar desses casos.
A polícia australiana voltou a interrogar na semana passada a Pell, que vive em Roma, sobre casos de pedofilia entre 1976 e 2001. EFE
aus/ff
Os advogados Gail Furness, Angus Steward e Stephen Free são os autores do relatório, que classifica de "inaceitável a conduta de qualquer um que apoiou a mudança de (Gerald) Ridsdale, ou de qualquer sacerdote, sabendo das acusações de abusos sexuais que havia contra ele", segundo a emissora pública "ABC".
O cardeal Pell fez parte das pessoas que em 1982 assessoraram o bispo Ronalk Mulkearnas quando, como responsável da comunidade de Ballarat, se transferiu a Ridsdale sem denunciar as acusações à polícia.
O sacerdote Ridsdale foi condenado a oito anos de prisão em 2014 por abuso sexuais de menores entre 1961 e 1981, inclusive contra seu próprio sobrinho.
Pell exercia o papel de bispo auxiliar na arquidiocese de Melbourne durante a mudança do sacerdote Peter Searson, que se aproveitou das crianças nas décadas de 1980 e 1990 no estado de Victoria.
A investigação também narra o testemunho de Tim Green, uma das vítimas de Edward Dowlan no colégio Saint Patrick, que diz que denunciou a situação ao próprio Pell em 1974 e este o desprezou com um "não seja ridículo".
O cardeal australiano participou, além disso, na reintegração ao serviço de Paul David Ryan em 1980, apesar de seu conhecido passado pedófilo.
O documento exonera Pell das acusações de ter comprado o silêncio de uma vítima, de ter feito brincadeiras com os abusos de Ridsdale ou de ter fechado a porta na cara de um estudante que quis apresentar uma denúncia.
A Igreja Católica australiana se viu envolvida em várias acusações e investigações de abusos sexuais de menores nos últimos anos.
Em março, Pell lamentou não ter feito mais e admitiu que o século passado existia um mundo de encobrimento porque a sociedade não queria ouvir falar desses casos.
A polícia australiana voltou a interrogar na semana passada a Pell, que vive em Roma, sobre casos de pedofilia entre 1976 e 2001. EFE
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