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Passagem de furacão Otto na Costa Rica deixa pelo menos três mortos

25/11/2016 13h11

San José, 25 nov (EFE).- As autoridades da Costa Rica confirmaram nesta sexta-feira a morte de pelo menos três pessoas pelo impacto do furacão Otto que devastou na quinta-feira a zona norte do país e deixou um número indeterminado de desaparecidos.

"O reporte oficial é de três mortos em Guayabo de Bagaces (província de Guanacaste), dos quais dois são homens e uma mulher", disse em entrevista coletiva o representante do órgão de Investigação Judicial (OIJ), Luis Guillermo Fonseca.

O presidente da Costa Rica, Luis Guillermo Solís, se mostrou doído pela morte de pessoas e garantiu que também há desaparecidos, cuja quantidade não foi estabelecida porque a informação recebida pelas autoridades é muito variável e deve ser confirmada.

"Não é um dia feliz para a República, não é um dia bom para a Costa Rica. Estamos em luto pela morte de nossas queridas pessoas e em atitude de solidariedade forte, firme, pelas pessoas afetadas pelo furacão e que se encontram em uma situação desesperada", declarou o líder.

Solís disse que as autoridades estão começando a revisar os danos perante "a magnitude da tragédia" e fez um chamado à população para que se "mantenha unida como família nacional para atender esta emergência".

"Nosso carinho e compromisso de não deixar ninguém abandonado em um momento tão complexo como este", afirmou.

Otto atingiu com força de furacão de categoria 2 o norte da Costa Rica nas províncias de Alajuela e Guanacaste na tarde e noite da quinta-feira, deixando devastadas comunidades como Los Chiles, Upala, Bijagua, Canalete, Guayaba de Bagaces, Rio Naranjo, e outras, localizadas perto da fronteira com a Nicarágua.

O furacão saiu da Costa Rica na madrugada de hoje degradado a tempestade tropical, depois de levar fortes chuvas ao país.

Isto causou severas inundações que destruíram casas, estradas, pontes e os bens materiais de milhares de pessoas.

O presidente da Comissão Nacional de Emergências, Ivan Brenes, disse na conferência que está sendo feita a avaliação dos danos e que até o momento foram contabilizadas 255 comunidades afetadas e 5.502 pessoas localizadas em albergues.

A Cruz Vermelha iniciou uma campanha de coleta de mantimentos e doações, enquanto a polícia, os bombeiros e o Ministério de Obras Públicas e Transportes trabalham para reabrir estradas que se encontram bloqueadas por quedas de árvores, a fim de chegar a comunidades isoladas.

"As ações de salvamento continuam para pessoas que estão em montanhas ou isoladas. Faremos buscas que correspondam e fortaleceremos os albergues. Nossa máxima prioridade é atender as pessoas em risco e a localização de pessoas desaparecidas", anunciou Solís.

O governo confirmou que aeronaves do Panamá se encontram na Costa Rica para dar assistência nos trabalhos humanitárias.