Passageiros de avião líbio sequestrado retornam a Trípoli
Os cidadãos líbios que viajavam no avião que foi sequestrado e desviado na sexta-feira (23 para Malta retornaram neste sábado (24) ao aeroporto de Maitiga, em Trípoli, informou a agência oficial "WAL".
O avião da companhia Afriqiyah Airwais, com 117 pessoas a bordo , foi sequestrado por dois líbios que o desviaram a La Valletta, capital de Malta, onde após mais de três horas de negociações acabaram libertando as pessoas e se entregando às autoridades.
(não 118, como informado na sexta),
"Os viajantes chegaram a bordo de um avião da companhia aérea Afriqiyah Airwais e estão todos em bom estado de saúde", indicou a fonte.
O avião sequestrado, um Airbus A320, aterrissou no aeroporto internacional de La Valletta e permaneceu durante horas sobre a pista, enquanto os sequestradores estavam com os passageiros e negociavam com as autoridades.
O enviado especial da ONU para a Líbia, Martin Kobler, expressou através da rede social Twitter sua satisfação pelo resultado "pacífico" da operação de libertar os reféns e prestou homenagem às autoridades de Malta pelos esforços.
Já o chefe da direção geral de Cultura do governo de União Nacional líbio, Hassan Uanis, precisou que 25 passageiros do avião são artistas e escritores que viajavam desde a cidade de Sebha para participar de um fórum literário que começa neste sábado em Trípoli.
A bordo do avião viajavam 111 passageiros, entre eles 82 homens -- dois deles os sequestradores --, 28 mulheres e uma criança e além disso havia seis membros da tripulação, não sete como tinha sido anunciado em um primeiro momento.
Uma fonte local disse à Agência Efe que os sequestradores são originais da tribo de Al Tabuo, em Sebha (sul do país), e eram seguidores do ditador líbio Muammar Gadafi, morto em 2011.
A fonte, que esteve em contato permanente com um dos passageiros, relatou que um dos sequestradores é Moussa Shaha, que ondeou dentro do avião a bandeira verde líbia que existia na época do antigo regime.
O segundo sequestrador se chama Ahmed Ali e ambos são conhecidos por terem criado o partido político Al Fatih al Yadid (O novo conquistador), o nome que Gadafi deu ao mês de setembro, durante o qual deu um golpe de estado em 1969 para chegar ao poder.
A fonte acrescentou que os sequestradores pretendem divulgar os ideais do partido "tanto no interior como no exterior do país".
Já a imprensa trabalha com a tese de tese que os sequestradores pretendiam reivindicar a liberação de Saif al Islam, filho do ditador e condenado à morte pelo vínculo com a repressão que seguiu ao levantamento popular armado em fevereiro de 2011, que desembocou na queda do regime de Gadafi em outubro desse mesmo ano.
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