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Por medo de ataques, França mobiliza 96 mil agentes e militares para noite de Ano-Novo

Soldado faz a segurança dos arredores do Museu do Louvre, em Paris, na França - Christophe Ena/AP
Soldado faz a segurança dos arredores do Museu do Louvre, em Paris, na França Imagem: Christophe Ena/AP

Em Paris

30/12/2016 12h35

O governo da França vai mobilizar 96 mil efetivos entre policiais, gendarmes e militares para garantir a segurança das festas de Ano-Novo, informou nesta sexta-feira (30) o ministro do Interior, Bruno Le Roux.

"Foram mobiilizados 96 mil efetivos", sobretudo em missões de prevenção, mas também de vigilância nas estradas para evitar as infrações no trânsito, afirmou Le Roux durante uma viagem ao departamento de Sena Marítimo, no noroeste do país.

Segundo os primeiros números divulgados, o dispositivo de segurança da última noite do ano estará composto por 52.600 policiais, 36 mil gendarmes e 7 mil militares da missão Sentinelle, que patrulham as ruas, instituições sensíveis e centros estratégicos por todo o país.

Espera-se que, mais tarde, sejam oferecidos maiores detalhes durante a visita do titular de Interior e de seu colega de Defesa, Jean-Yves Le Drian, aos agentes e militares mobilizados em áreas turísticas do centro de Paris.

Um responsável policial citado pelo jornal "Le Figaro" destacou que "os dispositivos de segurança levam em conta o risco de terrorismo, em particular os novos modos de operação, como a utilização de um veículo ou um caminhão como arma".

Esta é uma referência aos métodos de atentados como o ocorrido em Nice, no dia 14 de julho, e em Berlim, no último dia 19, e para preveni-los foram instalados "elementos passivos" como veículos e blocos de concreto - em alguns casos decorados, como em Estrasburgo - nos possíveis acessos de áreas com forte afluência de pedestres.

Para que as autoridades tenham uma visão ampla e possam detectar situações anormais, haverá helicópteros que sobrevoarão as grandes aglomerações previstas para o Ano Novo, começando pela avenida Champs-Elysées, em Paris, e seus arredores, onde são esperadas aproximadamente 600 mil pessoas para ver a queima de fogos.

O espetáculo pirotécnico no ano passado foi cancelado de forma preventiva devido à grande comoção que persistia no país, apenas um mês e meio depois da série de atentados na capital francesa na noite de 13 de novembro.

No Réveillon de 2015, as autoridades organizaram um dispositivo "excepcional" com mais de 100 mil efetivos de segurança em toda a França.